TIM foca estratégia na expansão da rede 3G e 4G

Até há pouco tempo, a estratégia da TIM era focada na ampliação da capacidade de transmissão de voz e na rede 2G. Nos  últimos dois anos, mas especialmente em 2014, a proporção de investimentos na rede 2G caiu drasticamente e hoje é menos de 10% do que a operadora gasta em 3G e 4G. E a perspectiva  é de que em 2016 os investimentos em 4G superem os investimentos em 3G, diz Leonardo Capdeville, CTO da operadora.

Notícias relacionadas
Uma parte essencial da estratégia da TIM e intensificar a ampliação da cobertura de dados, e por isso é bastante provável que os termos do acordo de RAN Sharing (compartilhamento da rede de acesso) com a Oi sejam revistos em outros termos. "Temos um acordo que prevê o atendimento das obrigações regulatórias, mas estamos em um momento de avaliar se será necessário acelerar mais", diz ele, lembrando que a TIM não tem exclusividade de RAN Sharing  com a Oi e pode buscar acordos semelhantes, inclusive em outras frequências, com outras operadoras. "Temos que otimizar os investimentos em infraestrutura e faz todo o sentido compartilhar", diz o CTO, avaliando como extremamente positiva a parceria com a Oi.

A empresa também está intensificando a implantação das redes de Mobile Broadband, o que implica não apenas ter frequências para o acesso mas investimentos em backhaul com fibra até os sites (FTTS) , redes heterogêneas e SON (Software Organized Network). Ele reconhece que a implantação de small cells está mais lenta do que o esperado, mas é porque os testes mostraram a necessidade de muitos ajustes na rede. "É um conceito simples mas de implantação nem tão simples, porque mexe muito na rede", diz ele. Até o final do ano a TIM deve concluir os testes em Curitiba, São Paulo e Rio, hoje com Ericsson e Huawei, mas na faixa de 700 MHz é possível que outros fornecedores entrem, diz Capdeville.

Ele reconhece que o Brasil tem hoje uma grande deficiência de infraestrutura para dados. "Temos uma média de 14 mil usuários por site no Brasil. No Japão esse número é de 400", diz ele. A solução é uma melhoria na burocracia para licenciamento de antenas e o uso de soluções que independem de licenciamento, como small cells ou acesso compartilhado (DAS), como foi feito na Copa do Mundo.

Hoje a operadora é vice-líder no mercado de 4G, mas Capdeville diz que a estrutura está sendo preparada para que em dois anos a operadora possa ter o maior market share de usuários na tecnologia. Em 2015 a rede LTE da operadora deve cobrir 52% da população

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!