Alcatel-Lucent concentra foco nas redes LTE para tentar recuperar mercado

Após ter ficado praticamente fora da disputa no mercado de redes 3G, a Alcatel-Lucent volta agora suas baterias para tentar conquistar boa parcela da próxima geração de redes com tecnologia LTE (Long Term Evolution), também chamada de 4G.
Para isso, a empresa vai basear sua estratégia em dois pontos. No curto prazo, ela pretende manter preços agressivos para disputar o mercado com os concorrentes, principalmente com a chinesa Huawei. "Temos de ser o mais competitivo possível no curto prazo", disse Jonio Foigel, presidente da Alcatel-Lucent no Brasil.
Já no médio e longo prazo, revela o executivo, o plano será firmar parcerias de longa duração com as operadoras, mostrando para elas que a Alcatel-Lucent pode agregar valor aos seus negócios, ajudando-as a melhorar a rentabilidade e a ganhar dinheiro com a web.

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"Precisamos auxiliar as operadoras a serem novamente os personagens centrais das telecomunicações, posição que estão perdendo para empresas como Google, Yahoo e Apple", comenta Foigel.
O executivo explica que a empresa pretende agregar aplicativos que tragam inteligência às redes das operadoras, de modo que elas sejam apenas fornecedoras de acesso.
A meta é diminuir o uso ineficiente do tráfego de dados, reduzindo os custos da rede. Foigel salienta que a estratégia vem dando certo e que a empresa já fez testes com importantes operadoras globais e brasileiras, inclusive sendo pré-selecionada pela Verizon.
Credor feliz
O presidente da Alcatel–Lucent no Brasil vê com bons olhos a possibilidade da Eletronet voltar a ser peça importante no cenário das telecomunicações brasileiras.
Como se sabe, a Alcatel-Lucent é credora da Eletronet ao lado da Furukawa. Estima-se em cerca de R$ 220 milhões o crédito da Alcatel junto à empresa, contra cerca de R$ 240 milhões da Furukawa e R$ 50 milhões do próprio governo, em direitos de passagem de redes estatais.
Com a discussão sobre uma rede pública de banda larga, a Eletronet pode ser utilizada. Mas os credores são céticos. Essa não é a primeira vez que o governo fala em comprar a rede. Há cerca de três anos o acordo chegou, inclusive, a ser fechado, mas acabou fazendo água por vetos da Eletrobrás.

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