Brisanet cresce 15% em receita no segundo tri, mas dívida cresce com móvel

Fachada de loja da Brisanet. Foto: Divulgação

A Brisanet anunciou nesta quarta-feira, 14, os resultados do segundo trimestre de 2024. No período, a receita líquida da operadora cearense avançou 15,4%, para R$ 346,5 milhões. No semestre, o indicador registrou avanço similar (+15%), somando R$ 680,9 milhões. 

Por outro lado, o lucro líquido teve uma queda expressiva de 60,6% no segundo tri, para R$ 17,3 milhões, atrelado à despesas no segmento móvel. A performance negativa se manteve durante o semestre, com queda de 45,8% no lucro, somando R$ 37,4 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 1,9% no trimestre até junho, chegando a R$ 145,6 milhões. No semestre, a métrica fechou em R$ 286,8 milhões, praticamente estável (-0,3). A margem Ebitda ficou em 42%, com recuo acentuado no segundo tri (-7,4 pontos percentuais) e estável no semestre (-0,2 p.p.).

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"A queda de margem é reflexo do início da operação móvel (4G/5G), como aconteceu com o negócio de FTTH durante o período de investimento mais intenso em 2022, já que parte dos custos de operação são fixos e serão diluídos com o aumento gradativo da base de clientes", explicou a companhia no balanço. 

Fibra

A empresa afirma que o crescimento da receita  é resultado do aumento na sua taxa de ocupação, que alcançou 19,3% entre abril e junho e adicionou 36,6 mil clientes (HCs) de forma orgânica à sua base. Na banda larga – a principal linha de negócio da tele – já são mais de 1,36 milhão de assinantes.  

Em capitais como Natal, Maceió e João Pessoa, o share em fibra se mantém estável, variando entre 50% e 60%, enquanto continua crescente e acima de 22% em Fortaleza e Aracajú. Neste sentido, a tele diz que "ratifica o compromisso e objetivo de seguir aumentando sua base de clientes de fibra de forma orgânica."

E destaca a atuação da sua franqueadora, a Agility Telecom, que é representada por 67 franqueados que atuam em cidades menores ou distritos rurais da região Nordeste, com atendimento a 171,9 mil clientes. 

Dívida

Com investimentos de infraestrutura na rede móvel e expansão da base de clientes FTTH (fibra até a casa), a dívida bruta da companhia apresentou alta de 1,8% na comparação com dezembro de 2023, para R$ 1,27 bilhão em junho de 2024. A dívida bruta é composta por empréstimos e financiamentos, debêntures, obrigações de arrendamento e operações com derivativos, segundo a tele.

No mesmo período, a dívida líquida teve aumento de 19,5%, somando R$ 891 milhões. "O aumento da dívida bruta em relação a Dez/23 se deu principalmente pelo maior consumo de caixa no período, já que os investimentos e pagamentos de juros e dividendos foram superiores à geração operacional de caixa", finaliza a Brisanet.

A maior parte desses recursos estão aplicados em instrumentos com liquidez menor que 90 dias e rentabilidade média de 102,9% do CDI.

 

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