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Visiona planeja satélite de pequeno porte para 2020

A integradora brasileira de sistemas espaciais Visiona está trabalhando em um novo modelo de satélite de pequeno porte, com intenção de lançamento no primeiro semestre de 2020. O presidente da joint-venture da Embraer e Telebras, João Paulo Campos, comentou durante participação no primeiro dia do Congresso Latinoamericano de Satélites nesta terça-feira, 14, que o plano é servir de veículo de teste para validação de tecnologias desenvolvidas pela companhia. “É o primeiro satélite brasileiro de empresa privada, o Projeto VCUB, tem 9,7 kg, [o equivalente a] umas duas caixas de uísque juntas”, declarou. O artefato terá ainda potência de pico de 50W.

Ele explica que os satélites de pequeno porte são a forma mais barata de executar testes, e que todo o software embarcado foi desenvolvido no Brasil, “pensando em satélites grandes”. O VCUB será usado para captura de imagens, utilizando uma câmera de precisão/resolução de 3,5 metros, maior do que a média do mercado atual, segundo o executivo. “Quando fala em analytics, precisa ter qualidade para o computador conseguir extrair a informação das imagens, precisa ter consistência de calibração entre satélites, com tecnologia mais adequada”, declara Campos. Além disso, o artefato calculará em tempo real as altitudes para cumprir as missões determinadas. Isso será possível por meio de uma coleta de dados flexível com rádio definido por software, permitindo reconfiguração do sistema em voo.

Apesar de inicialmente ser dedicado para coleta de dados meteorológicos, a ideia é desenvolver o sistema para o mercado de IoT, segundo o executivo da Visiona. “É uma forma que a gente tem de poder adaptar o design à realidade do mercado. A gente está partindo do mercado, o foco é mais regional. Para isso, a chave é ter flexibilidade para se adaptar”, diz.

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Campos acredita que os custos de fabricação de nanossatélites estão caindo, e por isso o mercado está convergindo com a prestação de serviços. Por isso, entende haver valor para empresas construir para a própria operação, com aplicações no mercado brasileiro. “Os CUBsats hoje já têm aplicações tradicionais. A tendência é a fronteira mover cada vez mais para cima, para migrar para satélites de pequeno porte.”

Boeing

Perguntado sobre a negociação da venda da Embraer com a Boeing, João Paulo Campos esclarece que é uma transação restrita à área comercial, embora exista “alguma discussão [da área] de defesa”. “Passei alguns dias em Brasília tentando explicar que nada mudou”, afirma. “A Embraer ainda tem 50% da Visiona, tem golden share e controle nacional, e mesmo estando dentro da Embraer, ainda tem participação da Telebras. De forma que e bastante improvável de ser alienada para a Boeing, só vai acontecer se for a vontade do governo brasileiro”, afirma.

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