A Brasil Telecom entra em contato com este noticiário para esclarecer por que razão o Aice (Acesso Individual Classe Especial), serviço criado no conjunto de novas regras que passaram a vigorar para as operadoras este ano e que visa a popularização dos acessos fixos, praticamente não é vendido pela empresa. Segundo a BrT, dos clientes que buscaram informações sobre o Aice durante o mês de julho, apenas 6% efetivaram a operação. Ainda segundo a Brasil Telecom, "outros produtos alternativos têm despertado mais interesse dos clientes". A empresa cita os planos Econômico 60 e LigMix 60, cuja assinatura mensal é mais barata do que a do plano básico, com valores médios entre R$ 39 ( plano básico), R$ 33 (Econômico 60 ) e R$ 28 (LigMix 60 ), mais impostos. Segundo a empresa, os planos dão direito a uma franquia de 60 pulsos para ligações locais. "No caso do LigMix 60 o cliente ainda tem a vantagem de controlar os gastos das ligações para celular e interurbanos com o uso de um cartão pré-pago".
Segundo levantamento feito por este noticiário junto aos primeiros relatórios sobre o Aice entregues à Anatel, apenas 149 linhas do serviço foram comercializadas pela Brasil Telecom no primeiro mês de oferta; 225 linhas do Aice vendidas pela Telefônica; e 90 pela Telemar. As razões para o fracasso podem ser várias: desde pouca divulgação por parte da agência, passando por planos alternativos melhores das teles até falta de interesse da própria operadora em estimular o serviço, que não tem assinatura básica. No caso da BrT, a reportagem conversou com uma atendente da central de atendimento, que desestimulou a contratação do Aice.
De qualquer maneira, o fato é que um serviço sobre o qual a Anatel se debruçou por mais de um ano para desenvolver e que tinha como objetivo popularizar o acesso aos serviços telefônicos não decolou, nem dá sinais de que isso vá acontecer.
Universalização