Aquisição da Gilat fracassa e Comtech se recusa a pagar multa

Foto: Pixabay

Os efeitos da pandemia do coronavírus voltam a afetar o mercado de satélites, agora com uma disputa judicial entre a operadora israelense Gilat e a companhia de tecnologia Comtech Telecommunications. Na segunda-feira, 3, esta última anunciou que está processando a empresa satelital, afirmando que não precisaria completar a proposta da aquisição da Gilat. Esta, por sua vez que indenização de milhões de dólares para compensar a fracassada fusão.

A Comtech anunciou que adicionou uma emenda no processo em curso contra a Gilat, que requisitou à justiça compensações afirmando ter sofrido danos materiais com o não cumprimento do contrato. "A emenda alega que isso se deve em parte significativa (mas não inteiramente) do enorme dano que a pandemia do covid-19 tem causado à indústria de aviação – uma indústria na qual a Gilat é desproporcionalmente dependente comparada às suas concorrentes", argumentou a Comtech em comunicado. 

"Como resultado, a emenda no processo alega que a Comtech não tem o dever de completar a aquisição da Gilat", afirma a companhia. A companhia de tecnologia afirma ainda que teria havido outras ações, como interferência em uma aplicação de aprovação regulatória e implantação de operações na Rússia – a operadora satelital afirmava que isso seria uma brecha nas obrigações do acordo de fusão.

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A Comtech diz que acredita estar ainda atendendo a todas as obrigações do acordo de fusão com a Gilat, e que a impressão é de continuar cumprindo essas condições até que o contrato seja formalmente encerrado, incluindo referente às operações na Rússia. 

Expectativa

A fusão entre as duas empresas foi anunciada no final de janeiro deste ano. O valor estimado na época era de US$ 532,5 milhões. A quantia seria paga 70% em dinheiro vivo e 30% em ações ordinárias da Comtech.

A Gilat tem atuação no Brasil. Entre outras operações, conta com contrato de backhaul para rede 4G com a TIM por meio de capacidade em banda Ku. A companhia também tem acordo com a Hispasat para levar capacidade em banda Ka dos satélites HTS Amazonas 3 e 5 para provedores regionais no País. 

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