Setor de TI não quer que alíquota sobre a folha retorne a 4,5%

O presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Sérgio Paulo Gallindo, apelou nesta terça-feira, 14, no Senado, para que, na discussão atual sobre o fim da desoneração de tributos incidentes sobre a folha salarial das empresas, devido ao ajuste nas contas públicas, o setor não retorne à alíquota anterior de 4,5% – que havia sido rebaixada para 2%. Segundo ele, com o incentivo o setor formalizou mais de 80 mil empregos, que agora podem ser perdidos.

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A Medida Provisória de "reoneração" dos setores beneficiados foi aprovada na Câmara, mas ainda depende de votação no Senado, o que só deve acontecer em agosto, apesar dos apelos do governo para aprovação da medida. Gallindo disse que as empresas de TI estão propondo um aumento da alíquota de 2% para 3%.

O presidente da Brasscom destacou que o segmento possui elevado potencial de crescimento. Segundo ele, o conjunto das empresas responde por 9% do produto interno bruto (PIB) e empregam mais de 1,5 milhão de trabalhadores no país. Em 2014, o segmento cresceu 7,7%, quando a economia nacional não passou de 0,1%. "Por isso, costumo dizer que somos uma China dentro do Brasil, bem acima da média geral", disse.

Gallindo cobrou mais investimentos em infraestrutura de banda larga, tendo por objetivo massificar o acesso aos serviços a toda população. A seu ver, esse tipo de infraestrutura precisa receber o mesmo enfoque com que se trata no país as estradas e ferrovias. Observou que o país já está caminhando para eliminar os aparelhos celulares tradicionais, que só carregam sinal de voz. Também pediu incentivos tributários aos investimentos na implantação de data centers, onde são concentrados equipamentos que processam e armazenam dados.

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