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Viasat diz que entraria no Brasil até 2020 mesmo sem a Telebras

Segundo Lisa Scalpone, vice-presidente internacional da Viasat e general manager para o Brasil, o país sempre esteve no roteiro de longo prazo da Viasat e a empresa entraria no Brasil com a constelação de satélites Viasat 3, que começa a operar em 2020 e que cobrirão toda a América Latina (o primeiro satélite desta série está em fase de construção). A parceria com a Telebras permitiu à Viasat antecipar este plano. “Mas sempre tivemos em mente ter um parceiro local para entrar no país e esta oportunidade apareceu no momento certo”, disse Lisa. Ela diz que a Viasat começou a conversar com a Telelbras mais ou menos na época do chamamento público da capacidade do SGDC, no ano passado.

Perguntada por quê a Viasat acabou não fazendo uma oferta pública, ela explicou que não participou do processo e da negociação na época, mas a estratégia da empresa requeria um modelo de negócio mais amplo e verticalmente integrado, e o modelo de simples venda de capacidade do leilão não atendia à empresa. “O SGDC é um projeto muito grande e complexo, que vai desde a capacidade terrestre, equipamentos na ponta, desenvolvimento de parcerias, operação em diferentes modelos, cobertura nacional… Acredito que nunca seria viável (o nosso modelo) a partir de um leilão de modelo único”. A Viasat produz todos os equipamentos e a maior parte dos investimentos iniciais será trazer os equipamentos e instalá-los no Brasil. Segundo Lisa, “são inicialmente dezenas de milhões de dólares” nessas primeiras instalações e na montagem e treinamento da rede de parceiros e instaladores.

Sobre os argumentos que estão sendo colocados pelas empresas que questionam a parceria entre Telebras e Viasat, de que a operadora norte-americana está entrando sem as mesmas condições de competidores, como a compra de uma posição orbital própria ou investimentos no satélite, Scalpone diz que os investimentos a serem feitos serão equivalentes e que os planos para um satélite próprio não mudaram. “Teremos os mesmos custos dos nossos competidores. Teremos custos de instalação, aquisição, manutenção, equipamentos, e são custos bastante elevados. Nos EUA, o custo médio por domicílio é de US$ 800. Isso é maior quando usamos o modelo de WiFi hotspot. Agora, multiplique isso por 10 mil localidades de baixo potencial econômico, é fácil de ver que estamos investindo muito, e chegaremos a centenas de milhões de dólares que estamos pagando por esta infraestrutura. Não sei se alguém mais está disposto a fazer isso, mas nós estamos comprometidos”.

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