TIM pede unbundling e flexibilidade para a convergência

O presidente da TIM foi nesta quinta, 14, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica defender o unbundling. Mario Cesar Araujo se apresentou no ciclo de audiências que o Cade promove para discutir a convergência. Foi a apresentação em que a TIM foi mais enfática ao dizer que pretende oferecer um conjunto de serviços, e não apenas o serviço móvel. "Rede fixa é essencial facility", disse Araujo. Daí o pleito pelo unbundling (a intenção é a oferta de dados pela rede fixa) e também pelo rápido andamento do leilão de WiMax, com as regras originais. "As receitas de voz estão caindo em todo o mundo e precisamos de alternativas rapidamente".
A TIM também reclamou da impossibilidade de oferecer terceira geração enquanto não saírem os editais para a faixa de 3G. "Hoje não temos espectro para esse serviço em muitas das praças mais rentáveis". O presidente da TIM diz esperar que os editais e o leilão ocorram ainda este ano.
Mario Cesar Araujo explicou ainda que a operadora pretende usar a sua própria rede para o serviço de telefonia fixa, mas que o mesmo número não será compartilhado com o serviço móvel. Não será, portanto, um serviço fixo-móvel nem o modelo oferecido hoje com o TIM Casa. Trata-se de um serviço que começará a ser trabalhado este ano.

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Mas a TIM, a exemplo do que já havia defendido a Vivo anteriormente e também a Claro nesta quinta, quer que o serviço móvel seja tratado, do ponto de vista concorrencial, como um mercado relevante à parte em relação ao serviço fixo.

Mercado de mídia

A TIM lembrou aos conselheiros do Cade que já tem um serviço de TV no celular, o TIM TV, mas classificou-o de restrito e disse que ele é pouco usado. "Não divulgamos porque queremos definir o modelo de negócios em função da TV digital aberta". Para a operadora de telefonia celular, é importante garantir incentivos à produção e distribuição de conteúdos nacionais e regionais, mas com flexibilidade de atuação das empresas nos mercados convergentes, e vigilância e agilidade das autoridades contra possíveis práticas anti-competitivas.
O modelo que a TIM prevê para a oferta de serviços convergentes por parte de uma empresa de telefonia celular é o de parcerias, e citou o que a Sky faz hoje com a Brasil Telecom e Telemar como uma possibilidade. Mas disse não haver nenhuma negociação. "Só coloquei como uma possibilidade", esclareceu.

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