Claro critica restrições de conteúdo e programação

Das operadoras móveis que estiveram no Cade até agora para apresentar suas respectivas visões em relação à convergência, a Claro foi a mais enfática ao falar sobre a questão das restrições de conteúdo. João Cox, presidente da operadora, se apresentou nesta quinta, 14, aos conselheiros do órgão de defesa da concorrência, e colocou uma série de argumentos pelos quais seria, em seu ponto de vista, incompatível com o cenário atual a imposição de restrições. "Hoje, o conteúdo passou a ser produzido por cidadãos comuns, como vemos no YouTube e em outros sites. É o cidadão também quem programa o seu conteúdo, e há inúmeras formas de se distribuir essa programação", disse, lembrando que quanto maior for a quantidade de canais de distribuição, maior a produção de conteúdo e maior o poder de escolha. Segundo ele, o celular é uma forma de distribuição que não requer uma atividade prévia de programação. "Limitar ou restringir empresas de produção ou distribuição de conteúdo não vai ao encontro dos desejos da sociedade", disse. Para a Claro, o conteúdo nacional deve ser fomentado pelo Estado, estimulando a pluralidade.

Crítica às fixas

Cox também fez críticas indiretas às empresas de telefonia fixa, que com freqüência atribuem a perda de mercado ao avanço da telefonia móvel. "Fico assustado como as pessoas usam os números de acordo com sua conveniência". Ele mostrou um levantamento feito com base nos dados do IBGE apontando que de 2003 para 2005 o número de residências que tinham telefone fixo caiu de 51% para 48%. "E das residências que só têm telefone móvel, 96% apresentam renda inferior a 10 salários mínimos". O telefone móvel, portanto, não substitui o fixo, argumentou.

Notícias relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!