Junto ao balanço do primeiro trimestre divulgado pela Oi nesta quarta-feira, 14, a tele também anunciou a intenção de concluir a desmobilização de sua rede legada (baseada em cobre) até o final de 2025. A empresa projeta economias de cerca de R$ 2,5 bilhões ao fim do processo, sendo que R$ 1 bilhão já foram apurados.
A estratégia é possível após a recente migração do contrato de concessão de telefonia fixa (STFC) da Oi, que está refletindo em uma redução substancial na quantidade de localidades com obrigação de atendimento. Nos casos onde a empresa deve seguir prestando serviços, há uma migração de clientes para soluções digitais, relata a companhia.
Em alguns destes casos, a tele seguirá sendo a Carrier of Last Resort (COLR, ou Operadora de Último Recurso). A Oi espera ter todas as localidades com esta condição atendidas até julho.
Há ainda serviços de tridígito, ou os códigos curtos gratuitos usados para acessar serviços públicos essenciais (como 190 e 192). Aqui, a Oi reporta que 60% já dos clientes já tiveram a migração para soluções digitais concluída, com outros 23% em fase de roll-out e 17%, com conclusão esperada para junho.
No caso do mercado de interconexão, tema considerado sensível para operadoras regionais, a Oi diz que tem 72% da migração a ser concluída até junho e os outros 28% do projeto, com término previsto para setembro.
Economia de custos
A tele lembra que o projeto de desmobilização do legado já estava em curso desde janeiro de 2024, ganhando tração com o fim da concessão, em novembro do ano passado. Desde o início das iniciativas até março são estimados R$ 1 bilhão em economia de custos.
Agora, a expectativa é que estes custos totais possam chegar a R$ 2,5 bilhões, a partir da apuração de R$ 1,5 bilhão em economias adicionais até dezembro deste ano. Um dos fatores previstos é uma "otimização" da topologia de rede, que permitirá à empresa passar de 86,5 mil estações para apenas duas.
Vale notar que o processo de desmobilização do legado também não está livre de fricções. Nos últimos meses, a Oi tem enfrentado questionamentos por conta das mudanças nos serviços prestados, com destaque para aqueles realizados por prefeituras.
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