Nova Oi tem recuo de 27% nas receitas no primeiro trimestre

Fachada de loja da Oi. Foto: Divulgação

A Oi divulgou na noite desta quarta-feira, 14, resultados do primeiro trimestre de 2025 que indicaram uma queda de 27% nas receitas das operações que seguem com a operadora após a venda de ativos de fibra óptica e TV por assinatura.

Confira os principais números da Oi no período:

    Notícias relacionadas
  • Receita líquida de R$ 631 milhões para a Nova Oi (-27% ano contra ano);
  • Ebitda de rotina negativo de R$ 250 milhões (piora de 2.223%);
  • Investimentos (capex) de R$ 43 milhões (-35,4%);
  • Posição de caixa de R$ 1,45 bilhão em março (queda de R$ 316 milhões no tri);
  • Lucro líquido contábil de R$ 1,65 bilhão, impactado pela alienação da ClientCo (Oi Fibra).

As cifras referentes à Nova Oi foram publicados para maior clareza sobre a nova dimensão da tele, mas em balanço os números de janeiro e fevereiro das duas divisões vendidas foram considerados. Com as operações descontinuadas, a Oi teria receita de R$ 1,434 bilhão no trimestre, em recuo de 34%.

Divisões

Entre as divisões remanescentes, a principal é a Oi Soluções, que somou R$ 371 milhões em receitas no primeiro trimestre, queda de 22%. O movimento foi relacionado a "transformações estruturais no setor" que levaram à diminuição da demanda por serviços baseados em cobre e da base ativa.

No entanto, a empresa também destacou a conquista de novos contratos no segmento de cloud computing ao lado de clientes de governo e privados e que já somariam R$ 53 milhões. Receitas com serviços de TIC correspondem a 39% do faturamento da Oi Soluções.

Uma linha positiva no balanço foi a atividade das subsidiárias Serede, Tahto e da recém-criada empresa de terceirização de serviços Oi Services. Juntas as empresas tiveram faturamento de R$ 166 milhões, alta de 19% ano contra ano. A empresa pretende ampliar a atuação da Oi Services junto a terceiros.

Já a divisão de "legado" e atacado da Oi somou R$ 94 milhões em receitas, queda de 62% no ano contra ano. O derretimento acelerou após a recente migração do contrato de concessão de telefonia fixa (STFC) da tele, que está permitindo uma redução substancial na quantidade de localidades com obrigação de atendimento pela Oi.

A empresa quer concluir a desmobilização da rede legada em 2025. "Vale destacar que, após implementado o desligamento das operações legadas nestas localidades, a queda das receitas associadas é mais do que compensada pela redução dos custos regulatórios da prestação dos serviços", afirmou a Oi.

Caixa

O caixa de R$ 1,45 bilhão da Oi no fim de março representou queda de 18% na comparação com o último quarto de 2024 e de 30% em um ano, após trimestre de geração de caixa negativa.

Impactaram a linha um capital de giro negativo em R$ 353 milhões, afetada pelo pagamento aos credores Classe I e III; arrendamentos de R$ 247 milhões, sobretudo com contratos de torres usadas na prestação de serviços vinculados à concessão; taxas e depósitos judiciais de R$ 61 milhões, com pressão na esfera trabalhista; e consumo de R$ 54 milhões em operações financeiras como seguro garantia e fianças bancárias.

Um fator que contribuiu positivamente, contudo, foram R$ 956 milhões em operações "não-core" – com destaque para o recebimento da antecipação do processo de Pis/Cofins e DNIT Telemar, além de recebimentos por venda de imóveis. "A companhia segue recorrendo a fontes de recursos não core com vistas a cobrir o gap ainda presente em 2025".

Dívida

Ao fim do primeiro trimestre, a Oi reportava dívida bruta a valor justo de R$ 11,29 bilhões, redução de 59% em um ano e de 5,5% ante ao quarto tri de 2024.

O número reflete a reestruturação da dívida financeira empreendida no ano passado, no âmbito de sua segunda recuperação judicial. No valor de face, a dívida da Oi seria de R$ 35,8 bilhões. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!