Anatel já se prepara para minimizar impacto da retomada de servidores pela Telebrás

Com a iminente saída de parte de seus atuais servidores para recompor os quadros da revitalizada Telebrás, a Anatel já iniciou um plano de ação para minimizar os impactos da redução do seu número de funcionários. Atualmente a Anatel possui 186 servidores cedidos da estatal. Para se reestruturar, a Telebrás pretende recuperar 54 servidores, segundo informações prestadas ao presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg. O pedido formal, no entanto, ainda não teria sido apresentado à agência reguladora.
Pensando em como preencher as vagas que serão abertas com a retomada dos servidores pela Telebrás, a Anatel solicitará autorização para nomear candidatos que tiveram nota acima da faixa de corte no último concurso realizado pela agência, mas que não foram convocados porque o número de postos previstos no edital já foi preenchido. Pelas regras de admissão de servidores, o Ministério do Planejamento pode ampliar em até 50% o número de vagas em editais ainda válidos, como é o caso da chamada feita pela Anatel.
Segundo Sardenberg, essa estratégia pode aliviar o impacto da saída dos 54 servidores cedidos pela Telebrás. A agência reguladora também solicitará autorização para fazer um novo concurso. "A Anatel precisa recompor seus quadros", justificou o presidente. Não é praxe no governo autorizar concursos públicos em ano eleitoral, o que pode afetar os planos da agência de resolver renovar seus quadros ainda em 2010.

Sardenberg mostrou-se tranquilo com relação ao processo de devolução dos servidores, argumentando que tudo passará necessariamente por um processo de negociação. "Não se deve despir um santo para vestir outro", comentou o embaixador, seguro de que a agência reguladora não terá suas atividades afetadas dramaticamente pela transferência de funcionários. De qualquer forma, o presidente assegurou que a agência está atenta e continua trabalhando em diversas frentes para neutralizar o eventual impacto da saída de funcionários técnicos e administrativos para recompor a Telebrás. "Não seremos pegos de calça curta", garantiu.