Telefonia móvel está próxima da saturação

A queda do crescimento da base de assinantes de telefonia móvel no Brasil é mais fruto da saturação do mercado do que da redução da atividade econômica. Com base na leitura dos balanços referentes ao primeiro trimestre de 2003, constata-se um crescimento inferior a 14%, contra expansão aproximada de 20% em 2002 e mais de 30% em 2001.
Raphael Biderman, analista do Unibanco, observa que nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, as taxas de penetração já ultrapassaram, com sobras, tanto as projeções feitas pela Anatel para 2005 e 2006 quanto as médias dos países emergentes (ambos em torno de 30%). De fato a de São Paulo passou de 31% e a do Rio 34,5%.
Para Jacqueline Lison, da Fator Doria Atherino, também as operadoras, de maneira geral, não estão mais tão interessadas no crescimento de clientes. A sua preocupação agora seria com a qualidade, com baixa taxa de inadimplência e aumento de receita em produtos de maior valor agregado. Deve aumentar, em especial, a ação junto a clientes corporativos de pequeno e médio portes.

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A estratégia de crescimento mais agressivo ficaria então restrita às duas maiores e mais novas operadoras com tecnologia GSM (Oi e TIM). A TIM, de fato, está agora subsidiando fortemente as vendas, com handset a R$ 99,00. A Oi também atua nessa linha. Conseguiu em apenas nove meses 1,7 milhão de assinantes, mas ao custo pesadíssimo de uma provisão para devedores duvidosos de 5,7%.

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