Preço é principal fator que impede pessoas de terem celular, aponta PNAD

Os dados da PNAD divulgados nesta quarta-feira, 14, mostram que em 2019, no contingente de 34,9 milhões de pessoas não tinham celular para uso pessoal – 19,0% da população de 10 anos ou mais de idade – 27,7% justificaram como principal motivo de não ter um aparelho o preço. Entre os estudantes, este número é maior: 39,4% afirmaram que o preço do aparelho foi o principal impeditivo para ter o dispositivo. Os dados divulgados pelo IBGE analisaram o acesso a TICs no 4º trimestre de 2019.

Ainda entre os estudantes, além do preço, 29,6% afirmaram que usavam celular de outra pessoa. A falta de interesse e a questão de não saber usar o telefone móvel foram alegados por apenas 12,1% dos estudantes como impeditivo.

Esses quatro motivos para não ter telefone celular foram os mais indicados também pelos não-estudantes, que representavam 72,3% das pessoas sem celular. Além do preço, 22,6%, afirmaram que o problema apontado era a falta de interesse em ter celular; 21,9% disseram que não sabiam usar um aparelho; e 16,4% confessaram que costumavam usar o telefone móvel de outra pessoa.

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Domicílios sem comunicação

No período da realização do PNAD, não havia telefone fixo ou móvel em 4,7% dos domicílios particulares permanentes do País (ou 3,4 milhões de domicílios), uma redução de 0,4 ponto percentual frente a 2018. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (9,0%) e Norte (8,8%), enquanto nas demais não ultrapassou 3,0%. Em 2019, havia telefone fixo convencional em 24,4% dos domicílios do País, queda em relação ao de 2018 (28,4%).

A parcela dos domicílios que tinha telefone móvel celular aumentou de 93,2% para 94,0% entre 2018 e 2019. Os domicílios da área rural tinham percentual menor, se comparados àqueles da área urbana, tanto de celular (83,6% frente a 95,5%) quanto de telefone fixo convencional (6,0% frente a 27,2%). A proporção de domicílios com celular variava de 90,5% no Nordeste a 97,1% no Centro-Oeste. Já o Sudeste tinha o maior percentual de domicílios com telefone fixo convencional (35,6%), contra apenas 8,0% e 9,3% no Norte e Nordeste, respectivamente.

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