A autoridade de competição e mercado do Reino Unido (CMA, na sigla em inglês) concedeu anuência provisória para a fusão da Virgin com a O2, do grupo Telefónica, que no Brasil controla a Vivo. Em decisão divulgada nesta quarta-feira, 14, afirmou não ter encontrado pontos de preocupação sobre serviços de varejo sobrepostos por conta do tamanho da operadora Virgin Mobile.
Já no atacado, a Virgin provê backhaul para operadoras como Vodafone e Three, enquanto a O2 provê a rede para empresas como Sky e Lycamobile atuarem como operadoras móveis virtuais (MVNOs). A CMA mostrou preocupação inicial de que a fusão poderia elevar preços ou reduzir a qualidade dos serviços de atacado. O que acabaria trazendo consequências para o consumidor final.
Uma investigação mais rígida de um comitê independente da CMA foi conduzida e concluiu ser improvável que a negociação leve a menos competição na relação de cadeia de serviços de atacado. As razões apontadas foram:
- Custos de backhaul são "componentes relativamente pequenos", e seria "improvável que a Virgin pudesse aumentar" esses custos;
- Outros players no mercado oferecem os mesmos serviços, como a BT Openreach e outros provedores menores, o que significa que o negócio consolidado ainda precisaria se mostrar competitivo; e
- Da mesma forma, há outros serviços de aluguel de rede para MVNOs no Reino Unido, o que significa que a O2 precisaria manter o negócio competitivo.