Um importante acionista privado da Oi assegura: por melhor que seja a relação da concessionária com o governo, ela não será instrumento de políticas públicas a não ser que haja fontes claras de financiamento. E esta visão é compartilhada por todos os demais acionistas privados (que controlam a empresa). "A Oi precisa ser uma empresa competitiva e lucrativa para sobreviver diante das concorrentes, que têm acesso a capital muito mais barato", diz uma fonte ouvida por TELETIME. "Se não for assim, ela não sobrevive", diz. Isso significa que, por mais que o governo tente se aproximar mais de um ou de outro acionista, ou que considere que a entrada da Portugal Telecom tenha dado um alívio financeiro à concessionária, ainda assim dificilmente conseguirá de algum deles mais flexibilidade para acertar um acordo para a banda larga que seja deficitário para a operadora. Mesmo em Portugal, explica a fonte, onde a Portugal Telecom é uma empresa de caráter público (tem o capital pulverizado, sem controladores) e executa políticas governamentais, há instrumentos de compensação financeira claramente definidos.
Uma das ideias sugeridas é justamente olhar para o modelo português, em que o governo se comprometeu com a contratação de capacidade da Portugal Telecom em troca dos investimentos na expansão da rede de fibra para cidades menores. Outra ideia seria fazer um leilão reverso para a cobertura das regiões sem atratividade, em que o governo diria o quanto tem para gastar e os interessados diriam por quanto aceitam fazer.
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