Segundo Virgílio Amaral, diretor de tecnologia da TVA/Telefônica, uma das principais constatações da operadora depois do início dos serviços de video-on-demand sobre a plataforma TVA Xtream (que utiliza uma rede de fibra óptica até a residência do usuário) foi a complexidade do gerenciamento do serviço. "São milhares de títulos que precisam ser organizados, apresentados ao usuário e armazenados", disse o executivo.
Ele acredita, contudo, que a oferta de conteúdos de maneira não-linear será fundamental para empresas de TV por assinatura. No entanto, diz Virgílio Amaral, existe um grande desafio que é a forma de negociação dos conteúdos com os programadores. "Por isso eu acredito que toda essa polêmica envolvendo conteúdos na Internet, o Terra, a Net, todos nós, isso será bom para mostrar aos programadores que existem formas alternativas de distribuição, e isso reduzirá os custos do conteúdo". A TVA está conversando com produtores de conteúdos e emissoras de TV (e encontrando muita resistência) para viabilizar o modelo de network-VOD, em que conteúdos exibidos em um determinado horário (por exemplo, durante o período da noite) são armazenados no headend para serem recuperados posteriormente pelo assinante, com uma pequena diferença de horário, caso ele não consiga acompanhar a programação ao vivo.
Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net, lembra que todo esse movimento de conteúdos na Internet foi criado pela banda larga. "A banda larga que a gente entrega é o que está popularizando o consumo de vídeo na web. Na verdade, o vídeo é a killer application da banda larga". A Net acredita que conteúdos oferecidos de maneira não-linear serão importantes para o crescimento das operadoras de TV paga, mas lembrou que os próximos passos das operadoras é pensar na alta definição, na qualidade de serviço e na diversidade de plataformas como maneira de encontrar um diferencial em relação à Internet.
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