O presidente da Hispamar, Luiz Francisco Perrone, diz que o mercado de satélites não apresenta queda com as tecnologias de compressão de vídeo. Segundo ele, o que está acontecendo é uma democratização do satélite, uma vez que estas tecnologias possibilitam um aumento na base de clientes. Perrone diz que alguns pequenos radiodifusores de interior, que ainda não tinham a possibilidade de realizar transmissões via satélite, já podem fazê-lo, graças às tecnologias de compressão.
A Hispamar lança em junho deste ano um novo satélite, que ficará sobre o Brasil, o Amazonas. Segundo Perrone, pelo menos metade da banda do satélite será comercializada no Brasil e a expectativa é que o mercado de radiodifusão contrate de 30% a 40% desta oferta.
Para o presidente da Hispamar, o novo satélite deve ter competitividade no mercado de prestação de serviço para a radiodifusão justamente por operar nas duas bandas. É possível, por exemplo, fazer transmissões usando unidades móveis, com antenas muito menores do que as da banda C. Além disso, muitos radiodifusores ainda operam com transmissão analógica, o que, apesar de exigir equipamentos mais baratos, exige a contratação de uma banda maior. "O custo dos equipamentos digitais deve cair com a demanda", explica Perrone.
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