Os acionistas da Telefônica Brasil, dona da Vivo, aprovaram a proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias da empresa, seguida de um processo de desdobramento. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na quinta-feira, 13.
Conforme a proposta, a operadora promoverá um grupamento no qual cada montante de 40 ações se tornará equivalente a uma. Em seguida, por meio do desdobramento, cada ação grupada vai corresponder a 80 ações. O processo não altera o valor do capital social da empresa, mas somente o número total de ações.
Em fato relevante, a Vivo ainda informou que a operação terá duração de um mês, começando nesta sexta-feira, 14, com previsão de término em 14 de abril. Neste período, os acionistas titulares poderão compor suas posições em lotes inteiros múltiplos de 40 ações ordinárias.
Na prática, os procedimentos de grupamento e desdobramento serão efetivados no dia 15 de abril, o primeiro dia após o prazo de livre ajuste de posição. Segundo a Vivo, ao fim da operação, o capital social será dividido em 3,26 bilhões de ações ordinárias.
"A Operação visa conferir maior liquidez às ações de emissão da Companhia e, consequentemente, melhorar o processo de formação do seu preço, por meio do aumento da quantidade de ações em circulação efetivamente negociadas e ajuste na sua cotação", afirma a operadora, em trecho do fato relevante.
Juros Sobre Capital Próprio
Também na quinta-feira, o conselho de administração da Vivo aprovou a distribuição de R$ 200 milhões na forma de juros sobre capital próprio (JSCP). O valor líquido da operação, após retenção de 15% de imposto de renda na fonte, será de R$ 170 milhões – ou R$ 0,10 por ação.
A distribuição levará em conta a posição acionária ao fim do dia 24 de março. Ações adquiridas após essa data serão consideradas "ex juros", ou seja, não terão direito ao benefício.
O pagamento será realizado até 30 de abril de 2026, em data a ser definida pela diretoria da tele.
