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Telefônica lembra que concessão se tornará deficitária em 2018; para Oi, mudança de modelo leva pelo menos 18 meses

O presidente da Telefônica Brasil, Eduardo Navarro, disse, nesta terça-feira, 14, que a migração da concessão de telefonia fixa para autorização é a única maneira da população de baixa renda ter acesso a serviços de banda larga, hoje ainda restrito para essa faixa da população. “Por se tratar de serviço privado, as empresas só vão investir onde for conveniente”, afirmou. Para ele, só com a desoneração da telefonia fixa pode sobrar algum dinheiro para investimento em banda larga onde o serviço não é rentável. “Do contrário, continuaremos a jogar dinheiro fora em orelhões que não são mais usados”, observou, lembrando que mais de 30% da base de TUPs não tem nenhum tráfego hoje. Ele lembrou que as operações de STFC da empresa devem se tornar deficitárias no próximo ano e lembrou que, nestas condições, a concessionária pode abrir mão da concessão. “Não digo que é o que vamos fazer, porque os outros serviços são rentáveis, mas é sinal de que precisamos agir rápido” “Poderemos viver até 2025 com a concessão”, salientou,

O presidente da Telefônica atribui a resistência ao PLC 79 à divulgação de valores conflitantes sobre os bens reversíveis. “O TCU fez menção a dois valores R$ 100 bilhões, valor de todos os bens na privatização, e perto de R$ 18 bilhões, valor atual dos bens em decorrência da depreciação”, disse, mas para ele, o valor que será investido em banda larga será o saldo da migração, que deve ser calculado a partir do VPL (Valor Presente Líquido) do fluxo de caixa em regime de autorização menos o VPL do fluxo de caixa em concessão.

Comunicação falha

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O presidente da Oi, Marco Schroeder, o País já tem a experiência da privatização do serviço de telefonia móvel com o apoio do TCU, que só se preocupou com a continuidade do serviço, sem necessidade de ressarcir os bens adquiridos ou produzidos com recursos públicos. “Agora o setor perdeu a guerra da comunicação”, reconheceu.

Schroeder disse que as teles não querem que o processo pareça obscuro, não se furtou ao debate. “A questão da migração é uma oportunidade de se indicar funding para investimentos em banda larga, recursos que hoje não servem a ninguém”, defendeu.

O presidente da Oi também defendeu o uso dos fundos setoriais para investimento em banda larga. Para ele, essa é uma questão que precisa ser enfrentada, mas entende que isso não poderá ser feito em curto prazo.

Schroeder disse que o PLC 79 não ajudará no processo de recuperação judicial da Oi. “A migração é trabalho para muitos anos”, afirmou.

Os executivos participaram do Encontro Telesíntese, realizado em Brasília nesta terça, 14.

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