A Portugal Telecom (PT) informou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal na segunda-feira, 13, que o Capital Group Companies (CGC) diminuiu sua participação na operadora para 4,40% do capital social e para apenas 3,6% das ações com direito a voto na PT. Até então, o CGC detinha 5,42% do capital social da empresa. Atualmente, a Telefónica continua a ser a principal acionista da PT com 9,96%; Brandes Investments Partners, com 8,53%; Grupo Banco Espírito Santo, com 8,36%; Grupo Caixa Geral de Depósitos, com 5,14%; Capital Group Companies, com 4,40%; Cinveste, com 2,58%; Grupo Fidelity, com 2,09%; Patrick Monteiro de Barros, com 2,04%; e Inst. Financ. do Estado Português, com 1,88%.
O governo português saiu completamente do controle da PT em 2000. Mas mantém 500 ações de categoria A (conhecidas como ?golden shares?), o que lhe dá poder de veto nas decisões.
Avaliação de ações
A Portugal Telecom negou, em nota enviada nesta terça, 14, à CMVM que sua comissão executiva tenha recebido quaisquer avaliações das suas ações e que tenha prestado qualquer informação sobre esse assunto à mídia. A nota de esclarecimento da PT foi ocasionada por uma notícia divulgada também nesta terça pelo Jornal de Negócios, de Portugal, em que a administração da PT supostamente considerava que o valor justo para as ações da empresa se situaria entre ? 11 e ? 12. Valores estes, segundo o jornal, entre 15,79% e 26,32% acima da oferta pública de aquisição pela Sonae na semana passada que avaliava a PT em ? 10,7 bilhões. Ainda segundo o Jornal de Negócios, os valores resultam de avaliações elaboradas pelo Banco Espírito Santo Investimento (BESI), Citigroup e Merrill Lynch, bancos que teriam sido contratados pela PT para se defender da OPA.