Um novo panorama de servicos móveis integrados e distribuídos em vários dispositivos foi apresentado pelo CTO da TIM Itália, Riccardo Ruggiero, durante o 3GSM World Congress, em Barcelona, nesta terça, 14. Segundo o executivo, há 11 milhões de linhas móveis com banda larga no país, das quais muitas com serviços que incluem vídeo e dados, sendo 50% do mercado composto de pequenas empresas e residências.
As facilidades fizeram com que os serviços de terceira geração dessem um salto na Itália: 5% de penetração em 2004 e 30% em 2005, com 3 milhões de clientes de 3G. ?Serão mais de 50% em 2008 para 3G, 4G e superbanda larga (WiBro)?, prevê Ruggiero, confiante de que o serviço de banda larga crescerá como nunca.
A companhia integrou todas as suas divisões em outubro (fixo, móvel, marketing, IT, rede convergente, rede IP única etc) e fará em breve o pré-lançamento do padrão UMA (Unlicensed Mobile Access), para substituir pontos tradicionais com banda larga. O lançamento definitivo será no final do ano. O objetivo é que os clientes tenham todos os serviços a qualquer hora, em qualquer lugar. Uma vantagem é que a tecnologia pode ser usada com GSM ou GPRS, a outra é o empacotamento da voz. O executivo destacou que a 3G não é apenas para substituir terminais; representa receita e crescimento interessantes. Informou que 62% das novas aquisições são UMTS, 7% da base de clientes são 3G, gerando ? 150 milhões em receitas.
?Estamos indo para banda larga móvel, TV móvel, serviços convergentes e instalação de 3G HSDPA?, avisou o CTO da TIM. Este ano, 50% da cobertura da rede da operadora na Itália será HSDPA.
Serviços de TV móvel serão lançados em junho em duas ou três cidades, e o serviço será estendido para todo o país até o final do ano. Transmissões broadcast terão dez canais disponíveis em 2006. E tudo fica mais interessante se combinar com outros serviços, destacou o executivo: IPTV em casa, no laptop, no PDA, no telefone móvel ou em outros dispositivos, combinando com o preço fixo.
Brasil tenta acompanhar
O Brasil, por enquanto, pode apenas imaginar o cenário futurista. Primeiro porque as licenças de 3G talvez só sejam liberadas pela Anatel no final do ano. Segundo, porque a operadora não pode integrar serviços fixos e móveis, por enquanto, devido à briga societária com o Opportunity envolvendo a operação fixa da Brasil Telecom.
Portanto, talvez a TIM Brasil possa oferecer parte dos servicos, como o padrão HSDPA, que vem com UMTS, em 2007, arrisca o CTO da TIM Brasil, Álvaro Pereira de Moraes. Para oferecer esse padrão, a TIM pretende participar do leilão de 3,5 GHz, agora em consulta pública, admite Moraes.