A Wireless Broadband Alliance (WBA), entidade que representa uma série de empresas no setor de Wi-Fi, publicou um relatório detalhando sua visão para o futuro da conectividade com o 6G.
O conceito central é estabelecer um ecossistema unificado, onde Wi-Fi, redes celulares e outras tecnologias sem fio colaborem de forma integrada, garantindo uma experiência de conexão fluida e ininterrupta para os usuários, independentemente de onde estejam.
O relatório destaca a importância de uma colaboração estreita entre diversas organizações e padrões para assegurar a interoperabilidade e evitar a fragmentação do setor.
Para tal, a WBA acredita que o 6G deve evitar a competição entre as duas tecnologias (Wi-Fi e móvel) e se concentrar em resolver desafios atuais, como experiências de usuário inconsistentes e altos custos de implementação. A nova tecnologia deve ser eficiente tanto em custo quanto em energia, complementando o Wi-Fi para reduzir despesas e ampliar a cobertura.
"Nossos clientes avaliarão o sucesso do 6G com base em como ele atende às suas necessidades no mundo real. […] O Documento de Visão do 6G da WBA ressalta a importância de atender a essas necessidades, independentemente da tecnologia envolvida", declarou JR Wilson, presidente da WBA.
O relatório foi elaborado com a contribuição de membros da WBA, incluindo AT&T, Airties, Boingo Wireless, Boldyn Networks, BT, Charter, Cisco, Comcast, HFCL, Intel, Reliance Jio, Telekom Deutschland e Turk Telekom.
Aplicações específicas
Segundo a WBA, o 6G deve priorizar aplicações específicas, como saúde, cidades inteligentes e automação industrial – setores onde a conectividade confiável e de baixa latência é essencial.
"A convergência entre o 6G e o Wi-Fi permitirá a interoperabilidade entre diferentes protocolos de comunicação e arquiteturas, criando um ecossistema mais eficiente e centrado no usuário. Essa convergência terá um papel estratégico para os operadores, acelerando a transformação digital", afirmou Dr. Mehmet Ozdem, diretor de design de rede e gerenciamento de serviços na Turk Telekom.
"A WBA desempenhará um papel fundamental de orientação e liderança nessa área, por meio de sua colaboração com stakeholders tecnológicos e líderes da indústria", acrescentou Ozdem.