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OpenRAN atrai gigantes como Amazon, Google e Facebook, diz Everis

Google Cloud. Foto: Divulgação

A disputa no mercado de telecomunicações com a chegada da rede de acessos abertas (OpenRAN) deverá passar por um novo nível, na avaliação do sócio da consultoria de TI e Negócios do Grupo NTT Data Everis para o setor de telecom, Marco Antonio Galaz. Em entrevista ao TELETIME, o executivo destacou que o potencial atrai grandes nomes do mundo digital, como Amazon, Facebook, Google e Microsoft. E permitirá a criação de novos modelos estratégicos, como o de uma segunda marca para operadoras totalmente digitais.

Para Galaz, haverá concorrência com as tradicionais fornecedoras de rede, como Ericsson, Nokia e Huawei. “Em algum momento, aparecerão as empresas de nuvem, como Google, Microsoft e Amazon”, declara. O próprio Facebook também atua como um novo ator: a empresa tem iniciativas em com Telecom Infra Project, além de já fornecer core de rede virtualizado (o Magma) para provedores regionais. 

O sócio da Everis acredita que a OpenRAN permitirá ainda um novo modelo estratégico, com a criação de uma “segunda marca” para lidar exclusivamente com novas tecnologias, atacando o mercado novo (green field), sem precisar de infraestrutura legada. “A ideia aqui é ir para uma empresa totalmente digital, já criada na nuvem. E daqui a pouco, terá compartilhamento de rede, não será preciso infraestrutura de core”, destaca.

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Esse modelo está sendo iniciado em testes na Europa no próximo ano, afirma. “Com o modelo de atacado, você vende serviços digitais, e aí paga menos imposto, não paga Fistel”, afirma, contextualizando para o Brasil. “Para eles é bom negócio, pega cliente de atacado, revende e monta toda a companhia na nuvem.”

Política

O assunto de OpenRAN atualmente acaba trazendo consigo questões políticas, uma vez que a tecnologia é uma aposta do governo dos Estados Unidos para aumentar a relevância no mercado de infraestrutura de telecomunicações. Além, é claro, de virar uma alternativa para justificar mais uma tentativa de forçar a retirada da Huawei.

No entanto, Marco Antonio Galaz acredita que um eventual banimento da companhia chinesa no Brasil não traria consequências para a implantação da rede de acesso aberta. “Acho que não aceleraria, todas as operadoras já querem”, declara. “Independente de Huawei, Nokia e Ericsson, as teles já sabem que não podem depender das fornecedoras.” 

A visão do sócio da Everis é que, para a empresa, a implantação do OpenRAN não depende do governo. Segundo ele, o que irá mover as empresas a implantar a tecnologia será a promessa de redução de custos de 30a 40%, além de flexibilidade, simplicidade de implantação e independência de fornecedor único.

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