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Oi diz que foco no pré-pago e receitas de dados garantirão crescimento

A Oi está com duas prioridades que, embora pareçam opostas, são a aposta da empresa para mostrar crescimento no trimestre final do ano e em 2014: continuar investindo no segmento pré-pago e aumentar a receita em dados. Durante a conferência para investidores nesta quarta-feira, 13, na divulgação dos resultados financeiros do terceiro trimestre, o CEO da companhia, Zeinal Bava, alegou que a estratégia se fia no potencial para crescimento em ambos os mercados, além de uma previsão otimista em relação ao cenário macroeconômico brasileiro.

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Essa melhoria é creditada ao "crescimento previsto do PIB (de 42% até 2018, segundo previsão do IPEA), distribuição da riqueza que está em curso, distribuição da banda larga e da TV paga e também de dados móveis", segundo explicou o executivo.

Bava comparou a participação de 17,7% dos dados móveis nas receitas totais da empresa, reconhecendo que se trata do menor percentual do mercado, ainda mais comparando com a proporção da concorrência. "Tem operadora que tem 30% (na participação das receitas), não há razão pela qual a Oi não possa fazer isso", disse ele, referindo-se à Vivo. Contrário à TIM, entretanto, a operadora não pretende concentrar os esforços para o crescimento em dados com o acesso via smartphones. "Óbvio que eles e os dongles são importantes drivers, mas há featurephones também", declara.

No segmento móvel, a receita líquida teve alta de 1,1% no trimestre em relação a igual período de 2012 e fechou setembro em R$ 2,330 bilhões. A receita de serviços aumentou 7,5% no período, para R$ 1,679 bilhão, impulsionada pelo maior volume de recargas pré-pagas e maior utilização de serviços de dados. A receita de dados (planos de Internet para celular, banda larga móvel, SMS e serviços de valor agregado) cresceu 57,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, devido principalmente à maior penetração de pacotes de dados em 2013. 

Bava garante que os esforços nos smartphones e no segmento de pós-pago continuam, mas se mostra cauteloso. "A Oi está focada em uma cadeia de valor e logística para que nosso negócio não se traduza em aumento de inadimplência", declara. Ao final de setembro a base da Oi era composta por 47,337 milhões de usuários, dos quais 86% pré-pagos. A receita média por usuário (ARPU) do trimestre ficou em R$ 20,50 (queda de 7,7% em relação a setembro do ano passado, devido à queda na receita de interconexão pelo corte da VU-M). 

Da mesma forma, os gastos com interconexão também caíram, uma melhora de R$ 150 milhões, sendo R$ 116 milhões em menor tráfego de voz e SMS, e o restante com custos não-recorrentes. O executivo explica que a operadora tem tido cada vez menos tráfego off-net. "Nossa base está com nível de utilização de voz bem alto, comparável com outras duas operadoras, e estão usando cada vez mais nossa própria rede, o que significa que precisamos pagar menos para outras operadoras e essa é uma das razões pela qual nossa conta de interconexão cai."

A tele não abriu números, mas garantiu que a diminuição da taxa de churn é uma das prioridades. "É algo que temos de combater, pois isso aumenta as contas, produz PDD (provisão de devedores duvidosos) e aumenta custos de aquisição do cliente", explica Zeinal Bava. Segundo ele, o churn da banda larga (móvel e fixa) foi o mais baixo dos últimos dois anos. Considerando somente conexões fixas, seria o mais baixo do ano. "Achamos que o churn involuntário também vai tender a crescer e isso vai resultar em um fluxo de caixa", afirma.

Demais serviços

No segmento residencial, receita líquida no trimestre foi de R$ 2,564 bilhões (alta de 3%), com 12,091 milhões de linhas fixas em serviço (queda anual de 4,1%), 5,336 milhões de conexões banda larga (alta de 7,3%) e 909 mil assinantes de TV (50,5% a mais que em setembro de 2012). A ARPU do segmento residencial foi de R$ 70,70 (7,4% maior em relação ao ano passado). A estratégia será levar mais convergência a esses segmentos. "Está sendo feito um esforço enorme para aumentar a penetração em domicílios para mais ofertas da Oi em residências que só têm um dos produtos", declara Bava. Ele lembrou que a tele tem presença em mais municípios do que as concorrentes com as ofertas fixas, e que, por isso, as velocidades de 2 Mbps a 5 Mbps ainda são interessantes em determinadas localidades.

Já no segmento corporativo e de pequenas e médias empresas a queda na receita líquida foi de 1,3% (para R$ 2,106 bilhões), com reduções de 2,8% no número de linhas fixas (para 5,222 milhões) e de 4,8% nas móveis (2,698 milhões). Houve crescimento na banda larga (7,2%), para 623 mil conexões. "Tem oportunidade no mercado de PMEs, mas precisamos arrumar a casa. Vamos fazer reestruturação do canal de vendas, estamos fazendo melhoria na qualidade do serviço prestado, em backoffice, é um investimento importante", declara o CEO. No corporativo, Bava reafirmou que a estratégia é garantir a redundância de investimentos ao aproveitar a infraestrutura da Portugal Telecom.

Aliás, a fusão com o grupo português foi completamente evitada pelo executivo durante a apresentação para analistas. "Anunciamos que as discussões durariam de cinco a seis meses, então os trabalhos estão na normalidade", desconversou.

 

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