Itaú Unibanco escolhe a Kony para plataforma de apps móveis

Com foco principal no setor financeiro, a desenvolvedora de aplicações móveis Kony Solutions, com sede nos Estados Unidos e Índia, chega ao Brasil com um grande cliente inicial: Itaú Unibanco. A parceria anunciada nesta terça-feira, 13, em São Paulo, deverá se concretizar em 2013 na transferência de todos os aplicativos móveis existentes do banco para a plataforma KonyOne, incluindo o software utilizado por clientes da instituição e funcionários.

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Não é coincidência o anúncio inicial ser com o maior banco latino-americano. Responsável pelo processamento de 1 bilhão de transações por ano, o setor financeiro corresponde a um terço dos negócios da Kony. Tanto que, além do Itaú Unibanco, a empresa negocia com outro cliente deste mercado e deve anunciá-lo nas próximas semanas.

A vantagem que a companhia argumenta para sua solução é a de poder simplificar todo o desenvolvimento de aplicativos ao utilizar o mesmo core para diversas versões diferentes, seja em smartphones Android e iOS, seja em feature phones baseados em Java. Ainda assim, a experiência em cada handset é personalizada, seguindo os pontos fortes de cada plataforma e diferenciando a experiência de uma simples versão móvel de uma página web.

A empresa até suporta a linguagem HTML5, mas diz que “não é a melhor estratégia se quiser ter uma boa experiência”, de acordo com o vice-presidente de aplicações para negócios da Kony, Cristiano Oliveira. Ele argumenta que há restrições, como o uso da câmera do aparelho, por exemplo, e advoga a favor do desenvolvimento unificado, mas com espaço para personalização de acordo com o sistema.

Ele também se baseia no levantamento do Gartner que afirma que em três anos 80% dos projetos de tecnologia da informação serão voltados para ecossistemas móveis. “Temos a infraestrutura que permite desenvolvimento de aplicações que funcionem em qualquer canal, desde o telefone mais simples ao tablet mais sofisticado, passando por smartphones”, diz. “A Kony é a única empresa hoje que desenvolve aplicativos para rodar nos quatro legados da RIM”, afirma, lembrando das versões do sistema BlackBerry. 

Essa vocação multiplataforma explica porque a companhia investe também em soluções para os feature phones. Mas o elevado preço dos handsets mais complexos não é a única explicação para a oferta mais abrangente. “O maior limitador para a Kony é o número de pessoas com acesso no Brasil”, observa Oliveira.

Cautela no mercado

A companhia ainda defende um modelo de negócios no qual se pode utilizar a plataforma na nuvem da empresa para uso de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês). No caso do Itaú Unibanco, além do desenvolvimento de aplicações para o consumidor final, a Kony deverá também fornecer tecnologia para apps internos na instituição.

Oliveira diz também que a empresa costuma estudar bastante o mercado antes de qualquer iniciativa. Antes da estreia mundial, foram 12 meses dedicados ao desenvolvimento de produto. No Brasil, foram seis meses para prospecção e análise de comportamento de mercado e clientes antes do lançamento comercial. Com esse cuidado, garante, a Kony consegue proporcionar um custo menor para implementar uma nova aplicação, sem precisar “nivelar por baixo” como é o caso de apps multiplataformas comuns.

“No caso do Itaú, otimiza para cada sistema. A lógica para levantar o saldo para o usuário é a mesma, mas a apresentação (interface) é diferente”, explica Oliveira.  “O custo para manter um time de desenvolvimento para várias plataformas é muito grande e tem impacto na operação. Com um time menor e mais focado, desenvolvem-se apps mais complexos”, complementa o vice-presidente da Kony para a América Latina, Carlos Falconi.

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