Na reunião desta quarta, 13, na Casa Civil, entre o Comitê de Desenvolvimento e a câmara executiva que trata da TV digital, discutiu-se apenas o projeto do Fórum do SBTVD. Só este tema consumiu a quase totalidade do tempo destinado à reunião. Com isso, a proposta de cronograma que deveria ter sido apresentada pelo Ministério das Comunicações acabou ficando para a reunião da próxima segunda, 18. Na verdade, esta próxima reunião não contará com a presença dos ministros do Comitê de Desenvolvimento, mas apenas da câmara.
Destacando tratar-se de uma proposta ainda em discussão, o ministro Hélio Costa adiantou alguns pontos. A primeira fase a ser cumprida será a consignação dos canais digitais para a geradoras da capital de São Paulo. Pela proposta, as empresas poderiam começar os seus pedidos a partir de outubro deste ano. O Ministério das Comunicações deverá consignar os canais aos solicitantes deste grupo até o final de 2006. O segundo grupo de operadoras que poderá pedir seus canais digitais são as geradoras de todas as outras capitais brasileiras. Isso somente acontecerá a partir de outubro de 2007, segundo o projeto de cronograma inicial. De acordo com o raciocínio dos técnicos que elaboraram o cronograma, esta diferença de um ano entre o que eles mesmos denominam ?o maior problema de compatibilização de espectro? correspondente à capital de São Paulo e as demais capitais, serviria para resolver os atuais problemas e outros que surgirão na implantação de um sistema novo. ?Observe-se que estamos implantando um sistema com inovações produzidas no Brasil que precisam ser ajustadas tanto pelos fabricantes dos transmissores quanto pelos radiodifusores. A equipe técnica observa que, na prática, o mercado de São Paulo servirá como um teste definitivo sobre todos os aspectos, inclusive sobre a comercialização dos televisores e conversores com seus ajustes, manutenção e assistência técnica", diz Costa. Uma segunda vantagem, na opinião do ministro, é evitar o congestionamento de pedidos para a fabricação de transmissores. ?Ao escalonarmos a entrada em operação das geradoras e das retransmissoras, vamos espaçar um pouco mais esta demanda?, explica o ministro.
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