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Vivo busca listagem no índice Dow Jones de metas de ESG

Renato Gasparetto, VP de relações institucionais e sustentabilidade da Vivo. Foto: Divulgação

Uma das primeiras empresas do setor de telecomunicações a incorporar princípios de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês) ainda em 2015 quando instituiu metas de energia renovável e redução de emissões, a Vivo pretende avançar mais com as metas relacionadas. Em julho deste ano, a operadora já implantou o programa de reduzir emissões da cadeia de fornecedores. Para o futuro a companhia espera passar a ser listada pelo Dow Jones. 

Em entrevista ao TELETIME, Renato Gasparetto, VP de relações institucionais e sustentabilidade da Vivo comentou que a operadora já é rankeada, mas ainda não listada no índice, até por não haver uma categoria específica para a América Latina. “Significa ter uma pontuação de corte segundo a média das maiores empresas do setor, dos mercados emergentes e global”, afirma. “Estamos perseguindo, mas é uma jornada.”

Não significa que a operadora já não esteja sendo reconhecida. O programa Vivo Sustentável, que traz as metas de ESG da empresa, já a colocou no ano passado no Dow Jones Sustentability Index ao ter apresentado o maior crescimento anual – de 16% – do setor de telecomunicações. 

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A Vivo também ficou entre as dez empresas do índice da B3 Standard & Poor’s ESG, que não é um índice no qual a própria empresa aplica o projeto para receber a nota. E também no índice de sustentabilidade da própria B3, já está pelo nono ano com pontuação crescente. A tele também foi primeira colocada do setor no Brasil em estudo do BTG Pactual por conta da política, incluindo o programa de logística reversa.

Energia

Uma das formas de a operadora atingir as metas é por meio de eletricidade limpa – desde 2019, passou a utilizar energia 100% renovável e reduziu as emissões para se tornar carbono neutra. A meta é de ser net-zero até 2025. Gasparetto conta que a companhia está trabalhando “intensamente” em ter energia renovável por meio de geração distribuída direta de 75 usinas, entre biogás, hídrica e solar. A meta é de contar com todas elas em funcionamento até o final deste ano, embora atualmente sejam 17 as que já estão fornecendo eletricidade. “Com isso, vamos ter a geração própria, não só a que a temos hoje por comprarmos créditos”, declara.

Abranger esse movimento para toda a cadeia de fornecedores, entretanto, será um desafio mais complicado. O executivo explica que o projeto usou como base um piloto feito em 2020, e agora selecionou as empresas a partir de um escopo maior. “Pegamos base de 1.230 fornecedores da empresa inteira e fizemos avaliação, pela característica da atividade, das que mais intensamente geram gases de efeito estufa. Fizemos o corte e chegamos a 115 fornecedores”, explica.

São empresas de transporte, prestadores de serviço na área de redes, construção civil, área técnica, call center e fabricantes de equipamentos. A Vivo realizou reunião com essas 115 para uma “reunião kickoff com engajamento”, isto é, para começar a tocar o projeto. Gasparetto conta que esse encontro “durou horas”, pois se buscou sensibilizar sobre a importância do cuidado ambiental. 

A meta é de diminuir em 39% as emissões cadeia de valor até 2025 e alcançar zero emissões líquidas até 2040 para esta categoria de fornecedores.

Nova mentalidade

“Até pouco tempo atrás, o ESG era muito ancorado no ativismo e emoção”, afirma. Renato Gasparetto cita que a decisão do fundo de investimentos internacional Blackrock de apenas investir em empresas com definição clara de estratégias para neutralizar a emissão de carbono promoveu uma guinada nesse tipo de consciência no mercado. “No próprio fórum de Davos, falou-se de uma migração de capitalismo de shareholder (acionista) para o de stakeholder (setorial), pensando em todas as partes interessadas”, analisa. 

Desde 2019 a Vivo atrela metas de ESG a 20% do bônus individual de executivos. Na visão de Gasparetto, essa importância das metas está ficando mais forte. “Isso se mostra pelo crescimento de todos os índices e investimentos com carteira lastreada em ESG, com crescimento muito grande no Brasil”, afirma. O executivo diz que há um interesse maior na pauta. “A Anbima [Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais] coloca que houve ao longo do passado crescimento de 215% do patrimônio líquido aplicado em ESG em fundos mais variados como ações e fundos de índice. É expressivo e está crescendo”

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