Após a anuência do conselho diretor da Anatel na semana passada, o conselho de administração da Telefônica Vivo também aprovou a proposta de conversão da totalidade de ações preferenciais da companhia em ações ordinárias. Segundo informou a companhia nesta quinta-feira, 31, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Agora, a proposta, anunciada ainda em março, será votada em assembleias gerais extraordinária (AGE) e especial dos acionistas titulares de ações preferenciais (Agesp) para deliberar sobre a conversão. Os editais de convocação serão publicados na sexta-feira, 14.
Serão todas as 1,119 bilhão de ações preferenciais que serão convertidas para ordinárias na proporção de 1:1, acabando por extinguir a classe de ação de emissão da companhia. As ações ordinárias recém-convertidas terão todos os benefícios atuais, inclusive dividendos e eventuais remunerações de capital que possam ser aprovados.
De acordo com a administração da Vivo, a conversão "gerará valor a todos os seus acionistas" por meio da atribuição de direito de voto nas assembleias para todos os detentores do papel. A outorga do direito de venda conjunta das ações também será concedida para todos os acionistas não controladores, em linha com a legislação societária em vigor, "em caso de alienação de controle a terceiros (tag along), incrementando, deste modo, as suas práticas de governança corporativa".
A companhia também assegurará aos titulares de ações preferenciais o direito de recesso, mediante reembolso do valor da totalidade ou parte de suas ações. O valor será calculado com base no valor de patrimônio líquido por ação preferencial no prazo de 30 dias contados da publicação da ata da Agesp que ratificar a conversão. O valor por ação preferencial, correspondente ao valor do patrimônio líquido ajustado do exercício de 2019 é de R$ 40,38.
