Os reflexos na indústria brasileira de telecomunicações já começaram a aparecer. A Telefônica argentina, em um aviso de concorrência, já informou aos fornecedores estabelecidos no Brasil que, sem a certificação argentina, não vai sequer considerar as propostas. O que contraria, a princípio, a resolução 92/98, que é explícita ao afirmar que só produtos vendidos no varejo precisariam passar pelo processo. Um fabricante brasileiro de cabos de telecomunicações, para o qual a Argentina representa 5% das vendas, está tentando certificar seus produtos a tempo, mas não acredita que terá sucesso. A preocupação chega também aos fabricantes de handsets celulares, cujo principal mercado externo é a argentina. A Abinee, por sua vez, está atuando junto ao governo brasileiro para que ele tome posições mais duras em relação ao bloqueio.