O jornal espanhol ABC disse nesta terça-feira, 13, que a Telefónica poderá pedir a dissolução da Brasicel à Justiça holandesa, onde a holding que controla a Vivo é sediada. De acordo com o jornal espanhol, que cita fontes ligadas ao conselho de administração da Telefónica, o caso vai parar na Justiça caso a Telefónica não consiga um acordo para a venda da Vivo.
O presidente do grupo espanhol, Cesar Alierta, reiterou a jornalistas na saída de um evento em Madri que a oferta, de 7,15 bilhões de euros, é "impecável" e que ela é válida até o dia 16 de julho, próxima sexta-feira. O presidente da operadora espanhola não quis fazer comentários sobre as possíveis ações que a Telefónica venha a tomar na sexta-feira caso, findo o prazo, não haja um acordo entre as duas empresas. A dissolução da Brasilcel poderia favorecer a compra das ações da Vivo em Bolsa, mas além de alongar o prazo para o desfecho da situação tem chances de fracassar, na avaliação de analistas.
A dissolução da Brasilcel foi um dos argumentos usados para pressionar os acionistas da PT a aceitarem a oferta de compra da Vivo, antes de ela ser submetida à assémblia geral. Entretanto, os administradores da PT rebateram dizendo que os consultores jurídicos da companhia garantiram que isso nao poderia ser feito. Tudo isso aconteceu antes do veto do governo português à venda, aprovada por 74% dos acionistas. Dias depois a golden share do governo foi considerada ilegal.
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