Há alguns anos, em razão do estrondoso sucesso na Ásia, tenta-se trazer para o Brasil o serviço de ringback tones, que consiste em trocar o sinal de chamada escutado por quem realiza a ligação por uma música escolhida pelo dono do número de destino. Com a exceção de um teste realizado pela Oi durante alguns meses, nenhuma outra operadora brasileira demonstrou maior interesse por tal serviço. A chinesa ZTE, contudo, está disposta a mudar esse cenário. Os ringback tones são o SVA de maior sucesso na China: praticamente todos os 450 milhões de assinantes da China Mobile utilizam o serviço, afirma o vice-presidente mundial da ZTE responsável pela área de SVA, Lu Abin. Segundo o executivo, o que falta no Brasil seria a adoção de uma oferta mais agressiva como faz a China Mobile: todo novo assinante ganha o direito de usar ringback tones de graça por três meses. Depois, é cobrada uma assinatura mensal barata, da ordem de R$ 1,50.
Abin está no Brasil esta semana para realizar um workshop sobre SVA para potenciais clientes. O segmento é tido como uma prioridade dentro da empresa. No primeiro semestre, a receita da ZTE com SVA cresceu 40% em relação ao mesmo período do ano passado. O Brasil, por sua vez, é entendido pela companhia como o principal mercado da América Latina. "Na China Mobile, SVA representa 30% da receita. Nas operadoras brasileiras ainda é menos de 15%. Há grande espaço para crescermos", afirmou Abin.
Outro serviço que faz sucesso na China e que no Brasil ainda não se popularizou é a assinatura de conteúdo via mensagem multimídia (MMS). Abin calcula que entre 80 milhões e 90 milhões de chineses recebam diariamente em seus celulares conteúdo de jornais locais via MMS.
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