Plano de IA quer Brasil como referência global em infraestrutura sustentável

IA, AI, inteligência artificial
Foto: Divulgação/Samsung

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou nesta semana a versão final do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). No documento, está previsto o valor de R$ 23,03 bilhões de investimentos no período de 2024 a 2028, provenientes de diversas fontes como crédito como recursos públicos e contrapartida de investimento privado.

Segundo o MCTI, o plano brasileiro de IA se inspira em experiências internacionais, adaptando-as à realidade brasileira de modo a aproveitar as vantagens comparativas do País, como uma apregoada matriz energética limpa, capacidade de pesquisa e capacitação tecnológica em setores estratégicos como agricultura, saúde e meio ambiente.

"Visamos a consolidar o Brasil como referência mundial em infraestrutura de IA sustentável, com modelos inovadores de eficiência energética e uso responsável de recursos naturais", afirma um trecho do documento.

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O PBIA foi elaborado a partir de uma demanda do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), e contou com apoio do com o apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) da Anatel, entre outros atores. Você pode conferir o plano na íntegra aqui. O valor projetado de investimentos está dividido em cindo eixos estruturantes:

  • Infraestrutura e Desenvolvimento de IA (25,2%);
  • Difusão, Formação e Capacitação (5,0%);
  • IA para Melhoria dos Serviços Públicos (7,6%);
  • IA para Inovação Empresarial (59,9%); e
  • Apoio ao Processo Regulatório de Governança da IA (0,4%).

Também estão previstas no PBIA ações de impactos imediato, que são iniciativas em curso ou a serem lançadas em um curtíssimo prazo para resolver problemas definidos. Elas podem utilizar ferramentas de inteligência artificial já desenvolvidas, incluindo modelos comerciais adaptados ao contexto brasileiro de uso, ou em estágio avançado de desenvolvimento.

A ambição pela IA sustentável também está presente, por exemplo, na política de data center prevista pelo Ministério da Fazenda. Um dos principais pontos da proposta brasileira está em um regime especial que o governo pretende conceder às empresas que instalarem data centers no Brasil e a capacidade do Brasil de fornecer energia renovável.

Metas

Com o plano, em três anos o Brasil pretende expandir a capacidade computacional nacional dedicada à IA em 100%, estabelecendo pelo menos dois novos centros de supercomputação especializados em IA. Também é almejada uma rede nacional integrada de compartilhamento de recursos computacionais para pesquisa em IA, conectando ao menos 50% das instituições de pesquisa do País.

Também faz parte do plano o início do desenvolvimento de componentes nacionais para sistemas de IA, com foco inicial em aceleradores de aprendizado de máquina, e a implementação de projetos-piloto de infraestruturas de IA energeticamente eficientes, aproveitando os recursos hídricos e a matriz elétrica limpa do País.

Já em cinco anos, o governo quer o País entre as top 5 nações em capacidade
computacional para IA, com um centro de excelência em pesquisa de IA de relevância internacional em cada região do País.

Áreas

No PBIA, essas ações são focadas em áreas prioritárias, que visam demonstrar o potencial transformador da IA por meio de melhorias concretas e mensuráveis. Com as ações de impacto, pretende-se mostrar o potencial transformador da IA em diversos setores, buscando soluções inovadoras. As ações se dividem em nove áreas:

  • Saúde
  • Agricultura e pecuária
  • Meio ambiente, clima e sustentabilidade
  • Indústria, comércio e serviços
  • Educação
  • Desenvolvimento social
  • Gestão de serviços públicos
  • Trabalho e emprego
  • Defesa, segurança pública e cibernética.

(Colaborou Henrique Julião)

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