Os provedores parceiros da Ligga para 5G no Norte, Paraná e São Paulo

Foto: Divulgação

Após anunciar estratégia de parceria com provedores regionais para o lançamento de serviços 5G, a Ligga Telecom divulgou na última quarta-feira, 12, as empresas que devem liderar a estratégia da recém-criada ISPS Telecom não apenas na região Norte – mas também nos estados de São Paulo e Paraná.

Os parceiros foram divulgados durante o Encontro Nacional Abrint 2024, realizado em São Paulo. Presidente da provedora paranaense iSuper Telecom, Marcelo Siena vai liderar a empreitada em São Paulo e Paraná. Já Luiz Cláudio Soares Pereira, da North Wave, vai liderar o modelo no Norte, onde o projeto já está mais avançado.

Na região, um grupo de 50 provedores reunidos no consórcio Amazônia 5G estaria comprometido em atuar no modelo, relata Luiz Cláudio. Além de "garantir participação no jogo da telefonia móvel", o acesso fixo sem fio (FWA) é considerado um foco do projeto na região.

Notícias relacionadas

"Essa foi nossa maior aposta quando decidimos entrar em parceria com a Ligga", relatou o líder da ISP Telecom no Norte. Segundo o executivo, a geografia e a questão especialmente problemática de acesso aos postes na região tornam o FWA em tecnologia que pode "salvar muitos provedores", e capaz de competir com a equação econômica da fibra em breve.

Ao TELETIME, Luiz Cláudio também lembrou que o grupo de provedores envolvido no projeto chegou a se estruturar para participar do leilão 5G de 2021, o que não se concretizou. Desde então, o consórcio tem mantido conversas com a Ligga, que adquiriu frequências regionais de 3,5 GHz no Norte, Paraná e São Paulo.

Luiz Cláudio espera que serviços comerciais possam estar disponíveis ainda em 2024. Ele também nota que muitas das provedoras da região já têm bom relacionamento com fornecedores de redes móveis, como Huawei e ZTE, o que pode facilitar a realização de projetos.

A ISP Telecom

No modelo costurado pela Ligga, são os provedores que serão responsáveis pela instalação da infraestrutura das redes de acesso e também pelo atendimento das metas de cobertura detidas pela dona do espectro (uma vez que o edital 5G admitia cumprimento de obrigações por terceiros, afirma a empresa).

As parcerias serão realizadas mesmo no Paraná e em São Paulo. No primeiro caso a Ligga mantém planos de lançar serviços móveis com a marca própria, complementando sua oferta de banda larga e serviços corporativos. Não foi batido o martelo se em São Paulo a estratégia com marca própria conviverá com o modelo de parcerias.

O arranjo ao lado dos provedores funcionará em torno da ISP Telecom, que na prática será uma operadora móvel virtual (MVNO) autorizada junto à Ligga. Provedores poderão se associar à nova empresa como acionistas, como MVNOs credenciadas e como fornecedores, ou as três opções, nota o diretor de assuntos regulatórios da Ligga, Vitor Menezes.

Segundo Marcelo Siena, que vai liderar a ISP Telecom no eixo Sul-Sudeste, o modelo de participação acionária deve dar a segurança necessária para os provedores investirem no projeto. Em paralelo, a própria rede dos ISPs envolvidos seria responsável por viabilizar o descarregamento de tráfego, diminuindo o investimento de partida em infraestrutura.

Além do provedor iSuper Telecom (sediado em Marialva, Paraná), Siena também tem experiência com o modelo associativo por conta da Ispx, que viabiliza o compartilhamento de infraestrutura entre provedores. O executivo ainda é o atual presidente da Associação Nacional das Empresas de Soluções de Internet e Telecomunicações (Redetelesul).

Para o Siena, a proposta de rede móvel terá aderência em momento de disputa mais acirrada pelo cliente de banda larga. "Vender com a marca do provedor é um ganho, pois permite 'combar' o cliente e melhora a fidelização, diminuindo a inadimplência", apontou um dos líderes do ISP Telecom.

Para fortalecer a proposta de valor da MVNO, a Ligga também indicou estar negociando ofertas de roaming com as grandes operadoras, seguindo a oferta de atacado regulada do serviço. Em paralelo, a empresa também está solicitando o uso secundário no 700 MHz, em processo que deve ter passo oficializado junto à Anatel ainda neste mês para permitir ofertas 4G.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!