Reportando mais de 30 empresas com acordos para uso de sua infraestrutura, a V.tal afirma estar negociando com players dos ramos financeiro e varejista interessados em ofertar banda larga fixa baseada na rede neutra da empresa.
A sinalização foi feita durante conversa do CEO e presidente do conselho da V.tal, Amos Genish, com a mídia especializada em telecom. "Enxergamos novos players que estão olhando esse negócio, e dois que não tem nada com o setor já lançaram conosco. Agora temos conversas com um dos maiores varejistas do Brasil, uma fintech enorme, uma seguradora e um marketplace, todos com interesse em lançar banda larga".
O executivo não entrou em detalhes sobre nomes, mas apontou que para entrantes do gênero, a proposta "fim a fim" da V.tal seria a mais viável dentre as redes neutras. Por outro lado, aos spin-offs das grandes operadoras faltariam "algumas peças" – como saída internacional e, em algumas ocasiões, backbone, segundo Genish.
A dimensão das competidoras também foi colocada em comparação, com a V.tal vencendo por cinco a sete vezes as principais adversárias em capilaridade, de acordo com o CEO. "Não é a mesma liga", colocou Genish, questionando até mesmo a caracterização de algumas competidoras como neutras.
"São redes abertas, o que é uma diferença enorme. A operadora dá acesso para outros players usarem, mas o primeiro uso é para eles mesmos, que decidem para onde vão expandir e outras podem aproveitar. Na rede neutra é um player independente, que não vai competir com os clientes".
Em paralelo, o CEO da V.tal reportou que mesmo grandes operadoras têm "pilotado" o uso da rede neutra da empresa para complementar infraestrutura própria em situações pontuais.