V.tal mira edge computing e anuncia data center em Porto Alegre

Agora sob gestão do BTG Pactual, a operadora de redes neutras V.tal está de olho em novos segmentos na área de infraestrutura digital. CEO e presidente do conselho da empresa, Amos Genish apontou o mercado de data center e edge data center como primeira cartada, a começar por investimentos em Fortaleza e Porto Alegre.

"Temos a maior rede de fibra do Brasil e é impossível não enxergar oportunidades de criar outros produtos em cima dela", afirmou Genish nesta segunda-feira, 13, em sua primeira entrevista à mídia especializada após assumir o posto na companhia de fibra óptica. "Queremos muito evoluir para data centers e edge data centers".

No primeiro caso, um ativo em Fortaleza já anunciado pela Globenet (empresa de cabos submarinos do BTG que será incorporada à V.tal) deve ser inaugurado este ano e já contaria com um "cliente enorme", adianta Amos. O próximo passo será a construção do zero de um data center em Porto Alegre, desta vez seguindo demanda estratégica de um grande cliente OTT (vale lembrar que Globenet e a Meta são parceiras no Malbec, que planeja passar pela região).

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"Finalmente faremos a primeira entrada submarina até Porto Alegre com data center. Hoje isso é muito focado em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, o que não será suficiente para os negócios que vão surgir", afirmou Genish – que, assim como fez na GVT, voltou a defender a tese de investimentos fora dos centros urbanos mais badalados.

Edge

"Com evoluções de Internet das Coisas (IoT), 5G e metaverso, vamos precisar de centenas de edge data centers e a V.tal, com infraestrutura que tem, pode ser líder neste mercado", prosseguiu o executivo, em referência à proposta de levar capacidade computacional para as "bordas" da rede.

Para tal, a empresa espera utilizar cerca de quatro mil prédios de engenharia recebidos da Oi e que poderiam hospedar data centers de pequeno porte do tipo edge. "Já temos energia, segurança, só falta colocar os servidores. O futuro é edge computing, pois precisamos trazer conteúdo e processamento para perto do cliente", apontou Genish, colocando a latência como aspecto central para avanços na tecnologia e consumo.

A mesma capilaridade da V.tal também poder suportar eventuais propostas de infraestrutura para 5G; já a atuação como rede neutra que também oferece espectro foi considerada mais complexa´pelo CEO. "Podemos ser competitivos em construir small cells e alugar para operadoras", explicou Genish.

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