A Nokia-Siemens aproveitou o segundo dia do leilão 4G, que se encerrou nesta quarta-feira, 13, em Brasília, para anunciar não só a produção local de redes 4G mas também a intenção de figurar entre os líderes desse mercado no País.
Segundo o diretor de tecnologia para a América Latina da Nokia Siemens, Wilson Cardoso, a empresa investirá de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões nessa linha de produção e pretende abocanhar 35% do mercado de e-nodes B (estações radiobase 4G) no Brasil. Apesar da concorrência de outros peso-pesados, como Ericsson, Alcatel-Lucent, Huawei e ZTE, o executivo considera a meta totalmente factível. “Está em linha com nosso planejamento. Estamos entre os líderes no 3G e as operadoras vão aproveitar essa infraestrutura”, diz ele.
Cardoso revelou que a produção local dos e-nodes B será iniciada já no terceiro trimestre deste ano e que esta se dará em regime de OEM, ou seja, por meio de parceria com uma fabricante terceirizada, porém não revela o nome desse parceiro. “A única coisa que posso dizer é que será no Centro-Sul do País”, despistou.
De acordo com ele, a Nokia-Siemens também deve anunciar o início da produção local dos modems óticos, placas que são instaladas nos e-nodes B e que são responsáveis pela conectividade e roteamento com o backhaul ótico. Isso, segundo ele, deve acontecer ainda em 2012.
Além da Nokia Siemens, a Ericsson e a Alcatel-Lucent já anunciaram produção local de equipamentos de rede 4G. Com o tamanho desse mercado e as oportunidades geradas pelas metas de cobertura, as chinesas Huawei e a ZTE também devem fazê-lo em breve. A Nokia Siemens estuda a possibilidade de exportar os e-nodes B do Brasil, da Índia, China ou Finlândia, países onde possui plantas industriais.