O processo de desmobilização da rede de cobre da Vivo vai até 2028, explicou Christian Gebara, CEO da empresa, em conferência sobre a divulgação de resultados da empresa no primeiro trimestre.
Segundo ele, o maior ciclo de desativação da rede de cobre e processo de venda da sucata deve se dar entre 2026 e 2027. "É um processo que a gente precisa mudar os assinantes que estão nessa rede para outras tecnologias, desativar a rede antiga, separar os materiais para poder vender", diz.
A Vivo estima em R$ 3 bilhões a receita adicional com essa venda de sucata de cobre. São 120 mil toneladas estimadas de cobre impuro, a uma cotação de cerca de US$ 9 mil, hoje, por tonelada. O cálculo de receita potencial já inclui o custo de desmobilização da rede, diz o comando da empresa.
Imóveis
Em relação aos imóveis, que agora a Vivo pode se desfazer livremente com a conclusão do processo de migração da concessão de STFC para autorização, Gebara diz que são menos de 1 mil, e que muita coisa já foi vendida ao longo dos últimos anos, com a autorização da Anatel.
"Nos desfizemos daquilo que não tinha mais função na prestação dos serviços. Agora vamos avaliar o que ainda existe e qual o uso, fazer a migração de tecnologia do que for necessário. As vendas podem ser caso a caso ou em leilão", disse ele. Este processo também deve ir até 2028.
Christian Gebara, contudo, não se compromete a ampliar a distribuição destas receitas adicionais com os acionistas. "Seguimos o nosso compromisso em relação à distribuição de dividendos que já foi anunciada. As receitas adicionais serão usadas no fluxo de caixa da companhia para investimentos e eventuais aquisições", disse.