Alares amplia receitas em 27,5% no primeiro trimestre; CFO comenta

Danilo Donati Perez, da Alares. Foto Divulgação

A Alares divulgou na noite desta terça-feira, 13, resultados da empresa no primeiro trimestre que apontaram receita líquida de quase R$ 223 milhões, em crescimento de 27,5% impulsionado sobretudo por aquisições, mas também por uma melhora em indicadores orgânicos.

Em entrevista ao TELETIME, o diretor financeiro e de relações com investidores da operadora, Danilo Donati Perez, comentou os principais destaques do período. "Continuamos a trajetória de uma plataforma capaz de crescer organicamente e inorganicamente, e os resultados [do trimestre] confirmam isso", afirmou o executivo.

Veja alguns dos principais números da Alares no primeiro trimestre, período no qual empresa ainda registrou prejuízo:

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  • Receita líquida de R$ 222,8 milhões (alta de 27,5%);
  • Ebitda de R$ 97,7 milhões (alta de 24,8%);
  • Investimento (capex) de R$ 46,4 milhões (redução de 4,6%);
  • Prejuízo líquido de R$ 37,2 milhões (alta de 10,6%).

Destaques

Entre os fatores que impulsionaram o faturamento, o principal foram aquisições de provedores como a Azza, comprada no segundo semestre de 2024 e que trouxe mais de 140 mil assinantes. A integração acelerada com a Alares foi um dos aspectos destacados por Perez, o que tornou possível uma captura veloz do incremento de receitas.

A operadora também destacou melhoria na trajetória de crescimento orgânico: a base da Alares encerrou março com 798 mil assinantes, sendo que 5 mil ingressaram organicamente no primeiro tri. O volume de adições foi 125% maior que o registrado no mesmo período de 2024, após aumento de 38% na atividade comercial.

A operadora não abre o churn (evasão de clientes) da base de banda larga, mas Perez relata que o indicador tem se mantido estável – seja por investimentos na qualidade do serviço ou pelo uso de tecnologias como inteligência artificial (IA). A Alares também aponta melhoria nos indicadores de churn por inadimplência.

Um terceiro aspecto destacado pela empresa foi um aumento na eficiência de investimentos – que caíram 4,6% mesmo com a ampliação considerável no porte da companhia em um ano. Neste sentido, Perez rechaçou a redução como um indicador de um menor apetite da operadora.

"Os investimentos não cresceram porque estamos investindo melhor, com muito mais controle e assertividade. Podemos crescer sem tanta necessidade de capital", afirmou o CFO. O uso de tecnologias tem mais uma vez papel importante, mas também há espaço para medidas envolvendo a economia circular.

"Temos conseguido recuperar muitos equipamentos na casa do cliente e usando para reinstalação, como forma de rentabilizar o mesmo investimento", exemplificou Danilo Donati Perez.

Geração de caixa

O prejuízo de R$ 37 milhões da empresa no trimestre foi relacionado sobretudo à depreciação de ativos da Azza e à amortização das mais-valia decorrente das últimas aquisições da Alares, explica o balanço. "São efeitos contábeis que ao longo do tempo vão ter menos impacto", afirmou Perez.

"O que melhor reflete hoje a operação da Alares é o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]", prosseguiu o CFO, em referência ao indicador que avançou 25% no trimestre. A Alares ainda destaca a geração de caixa de R$ 51 milhões no período, medida pelo indicador Ebitda menos capex e que avançou 73% ano contra ano.

Por sua vez, a margem Ebitda da empresa encerrou o primeiro trimestre em 43,8%, queda de 0,9 pontos percentuais relacionada a efeitos pontuais da integração da Azza. Já a alavancagem teve múltiplos de dívida líquida/Ebitda ajustado de 3,08x contra 4,14x um ano atrás, refletindo mudança no perfil da dívida executada em 2024.

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