Telefonica e TIM reforçam o discurso de "mesmos serviços, mesmas regras"

A Telefônica e a TIM reforçaram o discurso de que precisa haver mais equilíbrio na regulamentação de plataformas digitais, quando se compara com a regulamentação que pesa sobre o setor de telefonia móvel. A mensagem foi passada pelos CEOs da TIM, Rodrigo Abreu, e da Telefônica para a região norte da América Hispânica, Juan Antonio Abellán, durante suas respectivas apresentações no evento Mobile 360, nesta quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro.

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Abellán, da Telefônica, destacou as diferenças entre os dois mundos: o de telecom e o das plataformas digitais. Enquanto as teles realizam investimentos pesados em rede, as OTTs têm baixo investimento. Enquanto as teles têm milhares de funcionários (somente a Telefônica tem mais de 50 mil), as OTTs têm poucos funcionários em seus escritórios fora dos EUA. Enquanto as teles são grandes pagadoras de impostos, muitas OTTs se aproveitam de paraísos fiscais para pagar menos. Por fim, enquanto as teles precisam atender a rigorosas regras de regulamentação e dependem de um recurso escasso, o espectro, as OTTs não precisam atender a quase nenhuma regulamentação.

"Os direitos e as responsabilidades precisam ser equilibradas entre todos os players. Os mesmos serviços, as mesmas regras", concordou Abreu, da TIM. Isso não significa, contudo, exigir que as OTTs invistam em infraestrutura de rede, ressaltou o executivo. Sua queixa é contra a patrulha sobre os modelos de negócios das operadoras, o que acaba inibindo a inovação, enquanto contra as OTTs isso não acontece. Em conversa com jornalistas depois de sua palestra, ele citou o exemplo da coleta e análise de big data, que é criticada quando feita pelas teles mas não quando feita por OTTs, como Facebook e Google. Outro exemplo é o modelo freemium, que é bem-visto quando adotado pelas OTTs, mas não quando envolve o acesso à Internet móvel.

Google

O presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, participou do mesmo painel e defendeu a colaboração entre os dois setores. "É preciso valorizar a cultura colaborativa para tornarmos a infraestrutura existente mais inteligente e mais eficiente. Podemos explorar novos caminhos", disse o executivo.

Questionado por jornalistas após seu painel, Coelho esclareceu que a Google não tem planos de lançar sua operadora móvel virtual (MVNO) no Brasil.

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