Um leilão em que o vencedor não é quem paga mais, e sim aquele que oferece um plano mais abrangente de cobertura e preços mais baratos para o consumidor: este é o modelo de leilão para a faixa de 700 MHz que o SindiTelebrasil desejaria. Em outras palavras, um leilão "não arrecadatório", como diz o diretor-executivo da entidade, Eduardo Levy. O SindiTelebrasil é uma entidade que representa os fabricantes e as operadoras de telecomunicações que atuam no País.
"Nós sempre defendemos isso, não é só agora com os 700 MHz. Mas agora é uma das últimas oportunidades que teremos. O leilão pode contemplar a arrecadação, como o Brasil sempre fez, ou contemplar o cidadão e a sociedade", disse Levy. Ele afirma que em audiências no Congresso nota uma forte demanda por parte da sociedade por mais cobertura e capacidade de rede das operadoras celulares.
O SindiTelebrasil ainda está discutindo internamente quais contribuições enviará para a consulta pública do leilão de 700 MHz, aberta recentemente pela Anatel. Os associados da entidade estão debatendo os pontos que são consenso do setor neste momento.
Operadoras estrangeiras
Para o conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone, o fato de o leilão de 700 MHz ser o primeiro sem metas específicas de cobertura para a faixa licitada poderia atrair operadoras que ainda não atuam no Brasil.
Levy e Zerbone participaram nesta terça-feira, 13, do evento Rio Wireless, no Rio de Janeiro.