Operações da Cisco no Brasil crescem 80% no terceiro trimestre

Um dia após a Cisco anunciar seus resultados globais do terceiro trimestre do ano fiscal de 2010, o presidente da subsidiária brasileira, Rodrigo Abreu, destacou a importância do País nos bons resultados da companhia, que fechou o terceiro trimestre do período com receita 27% maior que a do mesmo trimestre do ano passado, ou seja, US$ 10,4 bilhões e lucro líquido de US$ 2,1 bilhões. O executivo revelou que o Brasil foi o país onde a Cisco obteve seus melhores resultados, com 80% de crescimento. O executivo, no entanto, preferiu não revelar cifras.
Abreu citou as verticais de pequenas e médias empresas e de setor público como as que registraram maior alta, porém a de operadoras de telecomunicações permaneceu na liderança em termos de faturamento. "Segundo analistas, temos 60% a 70% de market-share no núcleo das redes de operadoras", diz.
"IPzação"

Segundo Rodrigo Abreu, há no mercado oportunidades e tendências para a Cisco crescer ainda mais. Uma delas é a "IPzação", apelido que ele dá para a migração das infraestruturas fixas e móveis para redes 100% IP (all IP). Outra tendência é a crescente demanda por arquivos de vídeos e a sofisticação de outros serviços "na ponta", que exigem maior banda e qualidade das redes fixas e móveis. "Atualmente 10% a 20% do tráfego mundial da web é de vídeo. Dentro de muito pouco tempo, ou seja, de uns 4 ou 5 anos, mais de 80% desse tráfego vai estar relacionado a vídeo", disse.
Abreu também citou as redes de próxima geração (NGN), as tecnologias MPLS, IMS, IP RAN, o advento do IPv6, sistema que substituirá o atual no modelo de endereçamento de IP, como oportunidades que serão exploradas pela Cisco nos próximos anos. O executivo também lembrou o potencial do mercado brasileiro. "A necessidade de infraestrutura no Brasil será multiplicada entre 6 e 7 nos próximos 5 anos e estamos prontos para isso", conclui.