Claro testa modelos de negócio na rede 3G

Quais serviços vão pegar na rede 3G (internet em alta velocidade pela rede celular) e quais os modelos de negócio mais adequados? Essas questões estão no centro das preocupações dos executivos das operadoras celulares, portais de internet e desenvolvedores de conteúdo.
A Claro, uma das primeiras a lançar rede 3G no País, aposta na internet móvel e na videochamada. A empresa ainda está adaptando a velocidade da rede à demanda dos clientes, conforme as cidades. "Nos surpreendemos com o volume de acesso da internet móvel em São Paulo, Rio e alguns Estados do Nordeste e estamos adaptando nossa rede para essas regiões", afirma Fiamma Zarife, diretora de VAS da Claro, que participou nesta terça-feira, 13, do 7º. Tela Viva Móvel, promovido pelas revistas TELETIME e TELA VIVA.
"A penetração da banda larga no Brasil ainda é muito baixa, fechando 2007 com 8 milhões de conexões. Temos hoje 1,2 mil cidades no País que só têm conexão à internet via telefonia discada. Esse é um mercado imenso, que tende a crescer com as redes 3G", diz Fiamma. A empresa vai lançar no segundo semestre a banda larga móvel pré-paga, para ampliar o acesso ao serviço.

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Com a rede 3G a Claro cobre 42 cidades, com potencial de atingir 45 milhões de assinantes. "Hoje 70% dos usuários de banda larga no Brasil acessam a internet com velocidades abaixo de 1 Mbps. A rede 3G pode ampliar esse patamar e levar banda larga onde o cabo e o ADSL não chegam", diz a executiva.
Outro serviço que a operadora aposta é na videochamada, mas não apenas de celular para celular. O serviço da Claro permite que a chamada seja feita do celular 3G e recebida pela internet, através do portal Claro Idéias. A música também tem papel importante com a oferta de 340 mil músicas para download, além da TV, com seis canais disponíveis.
No serviço Videomaker, em que os assinantes postam e compartilham vídeos, a Claro conta com uma média de 5 mil downloads por dia, chegando a 10 mil por dia em épocas de promoção. "A adaptação do conteúdo de vídeo ao aparelho é importante porque a média de permanência do usuário por seção de vídeo é de quatro a cinco minutos", diz Fiamma.
Para a executiva, na TV móvel haverá espaço para conteúdo de TV aberta gratuita e conteúdos premium pagos. "Teremos flexibilidade para testar alguns serviços gratuitos e oferta de conteúdos pagos, a exemplo do que se faz hoje na TV a cabo", diz Fiamma.

Links patrocinados

Para Leonardo Tristão, diretor de desenvolvimento de negócios do Google, a busca patrocinada no celular pode alavancar negócios, pois será possível a oferta de mais serviços móveis gratuitos. O executivo citou uma pesquisa feita no Japão que mostra que o retorno do patrocinador no celular é dez vezes maior comparado à internet fixa. "Hoje 40% da receita do Google já vem de revenue share da internet móvel", diz o executivo.
Sobre modelo de negócio, a tendência, segundo Fiamma, é que a operadora cobre pelo conteúdo de valor agregado que trafega pela rede da operadora. "Nós oferecemos apenas conexão. Teremos muito conteúdo gratuito, mas também o pago. Os modelos vão coexistir", destaca.

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