Brasileiro ainda não conhece flat fee no celular, aponta pesquisa

Ao contrário do que se poderia imaginar, a maioria dos usuários brasileiros de telefonia móvel prefere ser tarifado pelo tempo de uso quando o assunto é internet móvel. O dado foi apresentado por Valter Wolf, responsável pela área de de inteligência de negócios para a América Latina da Nokia Siemens Networks, nesta terça-feira, 13, durante apresentação no 7º Tela Viva Móvel.
A Nokia Siemens fez uma pesquisa mundial. No Brasil foram ouvidos 600 usuários em cinco capitais e identificou que 68% deles preferem a tartifação por uso. Na opinião de Wolf, as pessoas dão essa resposta porque não conhecem o modelo de tarifação flat fee. "Quando se fala em mudar o modelo, as pessoas assustam. Acham que vai ficar mais caro", diz. Segundo ele, o modelo de flat fee ao lado da chamada "degustação" devem ser adotados de maneira mais ampla pelas operadoras porque estimulam o uso dos serviços. "Quando cair a ficha do usuário que o flat fee é a maneira que ele paga na internet, esse resultado vai ser diferente". Um terço dos usuários brasileiros que não usam mobile internet manifestaram interesse em experimentar o serviço nos próximos seis meses.

Poucos handsets

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Além do modelo de tarifação, a pesquisa da Nokia Siemens identificou que o uso só não é maior porque a base instalada de aparelhos capazes de acessar a internet ainda é pequena em relação aos países desenvolvidos. Apesar de 49% dos entrevistados terem respondido que têm celulares capazes de acessar a internet, apenas 6% deles usaram no último mês. Na Suécia, por exemplo, 72% disseram que têm celulares capazes e 31%, de fato, usam o serviço. Por outro lado, o índice de pessoas no Brasil que responderam saber da existência do serviço (88%) é bastante próximo dos países europeus e asiáticos. Na Índia é 78%, em Taiwan 89% e na China 75%.

Acesso

A pesquisa também quis saber se as pessoas preferem o conteúdo disponibilizado pelo portal das operadoras ou o conteúdo da internet, chamado de off portal. No Brasil 52% responderam que acessam através do portal da operadora. A mesma tendência foi observada em outros países, exceto nas Filipinas e nos EUA. Valter Wolf, no entanto, afirma que a cada ano a quantidade de usuários que preferem o conteúdo off portal está crescendo, de modo que no futuro a proporção vai se inverter. Ou seja: mais usuários acessando conteúdo de fora da operadora. Fiamma Zarife, diretora de VAS da Claro, admitiu no primeiro painel da manhã que em alguns casos a operadora é sim apenas o "pipe" (cano). "Não adianta negar", disse ela.

Videochamada

A pesquisa mostrou que o uso da videochamada no Brasil ainda é muito baixo (menos de 2%), apesar do alto número de pessoas que disseram conhecer o serviço (62%). Segundo Valter, o marketing das operadoras (especialmente da Claro que tem até campanha na TV sobre o serviço) é que fez com que as pessoas conhecessem o serviço. Isso é comprovado porque apenas 8% disseram ter um aparelho compatível com o serviço. Itália e Hong Kong são os países que mais utilizam a videochamada com 33% e 36%, respectivamente.

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