O texto original do contrato de concessão, segundo Nelson Carvalho, prevê que a tele cobrará o serviço em conta telefônica, se quiser. Desta forma, garante Carvalho, suas associadas ficam sujeitas à censura, pois se a companhia telefônica não aprovar o serviço, não efetua a cobrança. E como seria muito caro para a prestadora criar um sistema eficaz de cobrança, o serviço fica inviabilizado. O presidente da Sitel cita como exemplo os serviços de telefone erótico que as teles se recusam a cobrar, inviabilizando-os. A saída encontrada por grupos nacionais foi abrir escritórios em países vizinhos e prestar serviços para o Brasil à distância, inclusive com as atendentes falando em português. "Coibiram a atividade nacional, mas não a estrangeira", observa Carvalho. Ele calcula que 10% do tráfego internacional (US$ 10 milhões por mês) seja com serviço erótico.