Fontes que acompanham de perto a entrada do BTG na InfraCo asseguram que o banco já está completamente capitalizado para fazer os aportes necessários para a compra do controle da unidade de infraestrutura da Oi e que existe, inclusive, fila de espera de potenciais investidores. Os recursos estão vindo dos sócios do BTG, de clientes do banco e de um fundo de private equity com investidores internacionais que já está sendo considerada a maior operação de private equity do Brasil, com subscrições acima da oferta. Segundo interlocutores que acompanham o deal, apesar do momento muito ruim da economia brasileira, os investidores conhecem o País e apostam que o potencial do mercado de banda larga e o dólar favorável sejam atrativos suficientes.
Ainda que o modelo de redes neutras que a InfraCo explorará tenda a ser bastante competitivo no Brasil, com movimentos de empresas de porte como Vivo, TIM e American Tower, além de todas as outras empresas que já atuam na oferta de atacado, nenhuma tem a extensão que a rede de fibra da InfraCo terá. Também ajudou a convencer os investidores do BTG a performance da Oi na ampliação da sua base de clientes de fibra nos últimos 12 meses, o que deu confiança de que a empresa consegue ser agressiva e capturar mercado mesmo competindo com outros players com redes de alta capacidade. A Oi, vale lembrar, será a principal cliente da InfraCo.
Mas os planos do BTG para a InfraCo não ficam apenas na infraestrutura de fibra. A construção de redes para serviços de FWA, backhaul para 5G e datacenters estão no horizonte de negócios que poderão rapidamente entrar no portfólio da companhia.