Leilão de 700 MHz para SMP arrecadaria até US$ 6,3 bi no Brasil, diz GSMA

A migração para TV digital no Brasil será concluída apenas em 2016, mas a GSM Association (GSMA) e as operadoras móveis nacionais querem começar desde agora a discussão sobre qual será o novo destino da faixa de 700 MHz. A entidade elaborou um estudo inédito na América Latina para prever quanto poderá ser arrecadado com um leilão de licenças de 700 MHz para uso em telefonia celular. O estudo completo será divulgado em maio, mas este noticiário teve acesso a alguns números preliminares. A previsão é de que a venda de 700 MHz para uso em telefonia celular no Brasil geraria uma receita de US$ 0,37 por habitante, por MHz. Se forem licitados 60 MHz, isso daria uma arrecadação de US$ 4,226 bilhões. Em um cenário onde as licenças somem 90 MHz, o leilão geraria US$ 6,34 bilhões, na estimativa da GSMA. Somando a isso os gastos com aquisição de equipamentos, integração de sistemas e publicidade, a destinação de 700 MHz para telefonia celular movimentaria cerca de US$ 8,8 bilhões no Brasil, apontam os dados preliminares do estudo.
Os consultores contratados pela GSMA para realizar o levantamento fizeram estimativas para outros países da América Latina. Tanto em números absolutos quanto na comparação proporcional (por habitante, por MHz), o Brasil deve arrecadar mais que Argentina e México. Na Argentina, o valor obtido no leilão seria de US$ 0,22 por habitante, por MHz. No México, seria de US$ 0,24. As razões para essa vantagem brasileira serão explicadas quando do anúncio oficial do estudo, mas dentre elas com certeza está a intensa competição em telefonia celular existente no País.
Atraso

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O diretor da GSMA para América Latina, Sebastian Cabello, alerta que o Brasil está ficando para trás em relação ao resto da América Latina no que diz respeito à licitação de 700 MHz. Ele relata que México, Colômbia, Argentina, Peru e Uruguai provavelmente venderão licenças nessa faixa antes de 2016. Em parte, esses países sairão na frente porque essa frequência está menos ocupada do que no Brasil.
Por se tratar de espectro de baixa frequência, a propagação do sinal em 700 MHz é maior que em 2,5 GHz, o que torna a faixa particularmente apropriada para a oferta de banda larga móvel em áreas rurais através do 4G.

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