Comparação entre padrões divide especialistas

A discussão sobre as vantagens e desvantagens dos padrões de WiMax 802.16d e 802.16e dominaram boa parte do seminário WiMax Latin America realizado nesta terça-feira, 13, no Rio de Janeiro. Os especialistas estão divididos sobre qual o melhor caminho tecnológico a ser seguido pelas operadoras hoje. A versão ?d? é mais antiga, já tem equipamentos certificados internacionalmente e, conseqüentemente, tem mais escala. Porém, não permite aplicações móveis. A versão ?e?, por sua vez, tem como principal diferencial a mobilidade, mas ainda não teve nenhum equipamento certificado pelo WiMax Fórum.
A Motorola é uma das ferrenhas defensoras da versão ?e?. ?Preferimos pular a versão ?d? porque a ?e? vai dominar o mercado. Não há razão para uma operadora investir hoje em uma tecnologia que será substituída?, argumentou o diretor de desenvolvimento de negócios WiMax para as Américas da Motorola, Tom Mitoraj. A fabricante está desenvolvendo CPEs, placas PCMCIA, antenas, unidades para automóveis e até handsets WiMax no padrão 802.16e. A expectativa é de que os primeiros produtos com esse padrão sejam certificados no segundo semestre.
Coube ao vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Redline, Kevin Suitor, o papel de defender a versão ?d?. Ele destacou o fato de esse padrão já ter escala mundial suficiente para garantir um retorno sobre o investimento em menos de dois anos. Lembrou ainda do risco de muitos órgãos reguladores não permitirem a mobilidade em faixas tradicionalmente usadas para serviços fixos ? a própria Anatel ainda vai regulamentar uma mobilidade restrita para as faixas de 2,6 GHz e 3,5 GHz. Para o executivo, apenas aquelas operadoras para as quais a mobilidade é um requisito fundamental deveriam esperar pelo padrão ?e?. ?Prédios não se movem?, ironizou Suitor. A Redline é uma fabricante de equipamentos WiMax.

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Estimativas

Independentemente de qual será o padrão dominante, as estimativas de utilização da tecnologia WiMax são promissoras, especialmente em países emergentes, onde a cobertura de banda larga cabeada é pequena. Em 2010, haverá cerca de 15 milhões de usuários de WiMax no mundo inteiro, prevê Manish Gupta, membro do conselho do WiMax Fórum e vice-presidente de marketing da Aperto Networks, uma fabricante de equipamentos. Segundo o executivo, cada nova pesquisa sobre o mercado de vendas de equipamentos WiMax aumenta a projeção de receitas. De acordo com as últimas pesquisas feitas por diferentes instituições, esse mercado movimentará entre US$ 5 e US$ 15 bilhões entre 2006 e 2010.

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