Grupo TIM atinge meta de endividamento em 2024 após venda de ativos

QG do Grupo TIM em Roma. Foto: Edilportale.com Spa/Wikimedia Commons

Em um ano marcado pela venda de ativos, o Grupo TIM (antiga Telecom Italia) conseguiu atingir a meta de endividamento desejada. A companhia, dona da TIM Brasil, fechou 2024 com uma dívida financeira líquida ajustada após aluguéis de 7,26 bilhões de euros, abaixo, portanto, da meta de 7,5 bilhões de euros.

Ao longo de 12 meses, muito em função da venda da NetCo, unidade italiana de rede fixa, para o fundo norte-americano KKR, o endividamento foi reduzido em 13 bilhões de euros (totalizava 20,3 bilhões de euros ao fim de 2023).

No quarto trimestre, a dívida foi enxugada em mais 722 milhões de euros, com ajuda da geração orgânica de caixa e da venda de uma participação que a operadora mantinha na empresa de torres Inwit.

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No balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 13, a tele destacou que atingiu a meta de desalavancagem declarada, com índice inferior a 2x.

Resultados

O Grupo TIM reportou receitas de 14,5 bilhões de euros em 2024, alta anual de 3,1%. A TIM Brasil, responsável por 30,2% da receita do conglomerado, contribuiu com o equivalente a 4,4 bilhões de euros (+6,8%). Na Itália, o faturamento chegou a 10,2 bilhões, avançando 1,5%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) teve expansão anual de 8,3%, somando 4,3 bilhões de euros. O capex (líquido de licenças de telecomunicações) totalizou 2,1 bilhões de euros, dos quais 773 milhões de euros (35%) foram empenhados pela unidade brasileira.

"2024 foi um ano de grande transformação para o nosso Grupo, marcado pela conclusão da alienação da NetCo e pelo fortalecimento da nossa posição nos nossos mercados de referência', afirmou Pietro Labriola, CEO do Grupo TIM, em trecho do balanço. "Pelo terceiro ano consecutivo atendemos integralmente às projeções do Grupo, transformando a TIM em uma empresa mais sólida e focada", acrescentou.

Projeções

A operadora também apresentou suas projeções até o ano de 2027. A expectativa da empresa é de que as receitas cresçam, em média, 3% ao ano. Para o EBITDA orgânico após aluguéis, a estimativa é de alta de 6% a 7% ao ano.

Os investimentos do grupo devem representar 14% das receitas em 2025, com o percentual caindo para 13% em 2027. Além disso, o Grupo TIM ressaltou que "espera uma redução contínua da dívida para os dois anos 2026-2027, com uma potencial alavancagem de 1,1x".

A empresa ainda informou que planeja distribuir aos acionistas 500 milhões de euros em 2027 e 600 milhões em 2028. Antes disso, em 2026, a operadora pretende fazer uma "remuneração extraordinária" relacionada à recém-anunciada venda da Sparkle. O montante planejado é de 350 milhões de euros, isto é, 50% do valor do negócio.

O grupo também salientou que vai investir cerca de 6 bilhões de euros até 2027, com foco em 5G, nuvem, Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA).

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